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Exportações para os EUA caem, mas vendas do Brasil para Ásia disparam em setembro

Enquanto exportações aos Estados Unidos recuam, países asiáticos como China, Índia e Singapura impulsionam o comércio exterior brasileiro.

07/10/2025 às 06h55
Por: Redação
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Foto: Alan Santos / PR
Foto: Alan Santos / PR

As exportações brasileiras para os Estados Unidos recuaram 20,3% em setembro de 2025, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (6) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O resultado marca o segundo mês seguido de impacto do tarifaço imposto pelo governo de Donald Trump, que elevou impostos sobre produtos brasileiros.

De acordo com o levantamento, o Brasil vendeu US$ 2,58 bilhões ao mercado norte-americano em setembro, ante US$ 3,23 bilhões no mesmo período de 2024. Em contrapartida, as importações dos Estados Unidos aumentaram 14,3%, passando de US$ 3,8 bilhões para US$ 4,35 bilhões.

O desequilíbrio entre exportações e importações resultou em um déficit comercial de US$ 1,77 bilhão, o nono saldo negativo consecutivo e o maior registrado neste ano na relação entre os dois países.

No acumulado de 2025, as exportações brasileiras aos EUA somaram US$ 29,213 bilhões, representando uma leve queda de 0,6% em relação ao mesmo período de 2024. Já as importações totalizaram US$ 34,315 bilhões, alta de 11,8%, o que elevou o déficit comercial para US$ 5,102 bilhões — valor significativamente superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando o saldo negativo era de US$ 1,317 bilhão.

Embora o resultado com os Estados Unidos seja desfavorável, as exportações brasileiras para outros mercados impulsionaram o desempenho geral do país e garantiram recorde nas vendas externas.

Expansão no mercado asiático

O destaque foi a Ásia, que registrou crescimento expressivo nas compras de produtos brasileiros. As exportações para Singapura subiram 133,1%, somando US$ 500 milhões, enquanto as vendas para a Índia aumentaram 124,1% (US$ 400 milhões). Outros destaques foram Bangladesh (+80,6%), Filipinas (+60,4%) e China (+14,9%), com aumento de US$ 1,1 bilhão nas vendas.

Na América do Sul, as exportações cresceram 29,3%, impulsionadas pela Argentina, que registrou alta de 24,9% nas compras do Brasil. Já as vendas para a União Europeia avançaram 2%.

Recorde histórico nas exportações mensais

Apesar do déficit com os EUA, o Brasil exportou US$ 30,54 bilhões em setembro, valor recorde para o mês, com alta de 7,2% na comparação com setembro de 2024. O superávit da balança comercial, no entanto, caiu 41,1%, ficando em US$ 2,99 bilhões, devido à importação de uma plataforma de petróleo de US$ 2,4 bilhões proveniente de Singapura.

O resultado reflete o desafio de manter o equilíbrio nas contas externas diante da política comercial norte-americana, mas também evidencia a diversificação das exportações brasileiras e o forte desempenho do país nos mercados asiáticos.

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