O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir Abdollahian, afirmou nesta segunda-feira (16) que militantes islâmicos poderiam recorrer a ataques “preventivos” contra Israel nas “próximas horas”, em meio à guerra que se desenrola na Faixa de Gaza e no país judaico.
De acordo com o Financial Times, Abdollahian disse à televisão estatal que "os líderes dos grupos de resistência não permitirão que o regime sionista aja da maneira que quiser em Gaza". Ele acrescentou: "Portanto, pode-se esperar quaisquer ações preventivas nas próximas horas."
O chanceler disse que o Hezbollah do Líbano, apoiado pelo Irã, tinha "todas as opções e cenários" sobre a mesa. Ele disse que Hassan Nasrallah, o líder do Hizbollah, lhe disse que "se não recorrermos a ações preventivas hoje, caso seja necessário, teremos que lutar com o exército israelense em Beirute amanhã."
O principal diplomata do Irã disse ainda que Israel havia usado bombas de fósforo em Gaza e reforçou a posição do país: "Se não defendermos Gaza hoje, teremos que nos defender contra essas bombas em nossas cidades amanhã."
Mais cedo nesta segunda, Abdollahian afirmou que o tempo está se esgotando "para encontrar soluções políticas" que impeçam que a guerra entre Israel e os palestinos "se espalhe" e se torne "inevitável", informa a agência AFP.
"O tempo se esgota para encontrar soluções políticas; a provável propagação da guerra a outras frentes aproxima-se de uma fase inevitável", escreveu Hossein Amir Abdollahian na rede social X.
O ministro manteve conversas por telefone com os chefes da diplomacia de Tunísia, Malásia e Paquistão, e destacou "a necessidade de deter imediatamente os crimes e assassinatos do regime sionista e de enviar ajuda humanitária" para Gaza.
Abdollahian já havia avisado no domingo, após uma viagem ao Iraque, Líbano, Síria e Catar, que "ninguém" poderia "garantir o controle da situação" se Israel decidisse invadir a Faixa de Gaza.
Em 7 de outubro, o grupo palestino Hamas lançou um ataque surpresa de grande escala com foguetes contra Israel a partir da Faixa de Gaza, levando Israel a declarar estado de guerra no dia seguinte e lançar ataques de retaliação. Israel relatou mais de 1.000 mortes, enquanto o número de mortos em Gaza ultrapassou 2.000. Milhares de feridos foram relatados em ambos os lados como resultado da escalada.
Mín. 20° Máx. 37°