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ONU acusa Israel de genocídio contra palestinos em Gaza em relatório oficial

Comissão de inquérito aponta assassinatos em massa, destruição de infraestrutura e bloqueio de ajuda humanitária como evidências de crimes previstos na Convenção de 1948.

16/09/2025 às 07h15
Por: Redação
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Israel já assassinou mais de 16.500 crianças em Gaza durante o genocídio (Foto: Reuters)
Israel já assassinou mais de 16.500 crianças em Gaza durante o genocídio (Foto: Reuters)

Uma comissão de inquérito da Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu que Israel cometeu genocídio contra palestinos na Faixa de Gaza. O relatório, divulgado nesta semana, afirma que quatro dos cinco atos tipificados como genocidas no direito internacional foram praticados desde o início da ofensiva israelense em outubro de 2023.

De acordo com a Comissão Internacional Independente de Inquérito sobre os Territórios Palestinos Ocupados, há evidências de assassinatos em massa, danos físicos e psicológicos graves, imposição de condições de vida letais e medidas para impedir nascimentos, configurando crimes previstos na Convenção de Genocídio de 1948.

Evidências apresentadas

O documento relata que autoridades israelenses e forças militares promoveram ataques sistemáticos contra civis, destruíram infraestruturas vitais e bloquearam a entrada de ajuda humanitária, água, energia e combustível em Gaza. Também menciona a destruição da maior clínica de fertilidade do enclave, em dezembro de 2023, que resultou na perda de milhares de embriões e amostras reprodutivas.

Segundo a presidente da comissão, Navi Pillay, ex-alta comissária da ONU para os direitos humanos, declarações de líderes israelenses reforçam a acusação. “Já em 7 de outubro de 2023, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu infligir ‘vingança poderosa’ em todos os lugares onde o Hamas estivesse. Sua fala sobre a ‘cidade maligna’ implicava que toda Gaza seria responsabilizada”, disse à BBC. Para Pillay, “a intenção genocida foi a única inferência razoável” diante da conduta observada.

Reação de Israel

O Ministério das Relações Exteriores de Israel rejeitou o relatório, chamando-o de “distorcido e falso”. Um porta-voz acusou os três especialistas da comissão de atuarem como “representantes do Hamas” e de basearem suas análises em “falsidades”.

As autoridades israelenses afirmam que as operações militares têm como alvo o Hamas, e não a população palestina, garantindo que suas ações seguem o direito internacional e incluem medidas para reduzir riscos a civis.

Contexto e repercussões

A ofensiva israelense em Gaza já deixou ao menos 64.905 mortos, segundo o Ministério da Saúde local, administrado pelo Hamas. Mais de 90% das moradias foram destruídas ou danificadas, e os sistemas de saúde, água e saneamento entraram em colapso.

O relatório atribui responsabilidade direta ao Estado de Israel e alerta que os países signatários da Convenção de Genocídio têm a obrigação imediata de agir para “prevenir e punir” os crimes, sob risco de se tornarem cúmplices.

Organizações de direitos humanos, acadêmicos e especialistas já vinham denunciando a situação como genocídio. Paralelamente, a Corte Internacional de Justiça (CIJ) analisa um processo aberto pela África do Sul, que acusa Israel de genocídio — ação considerada “infundada” pelo governo israelense.

As conclusões ampliam a pressão internacional sobre Israel, que se vê cada vez mais isolado diante das acusações formais em instâncias multilaterais.

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