Mais de 40 pessoas morreram em Gaza neste domingo (14) em decorrência de novos bombardeios israelenses, sobretudo na região Norte do enclave palestino.
Segundo levantamento provisório divulgado pela agência EFE, com base em listas hospitalares compartilhadas por jornalistas em Gaza, foram registradas 45 mortes até 12h30, das quais 29 ocorreram em hospitais do Norte.
No hospital Al Shifa, em Gaza, o diretor Mohammad Abu Salmia informou que a unidade recebeu cerca de 20 feridos e oito corpos de vítimas dos ataques. Já no hospital Al Quds, administrado pelo Crescente Vermelho, foram contabilizados 35 feridos e cinco mortos.
No Sul da Faixa de Gaza, outro bombardeio atingiu um ponto de distribuição de alimentos a Noroeste de Rafah, deixando 24 feridos e quatro mortos.
Há mais de um mês, o Exército israelense mantém ofensiva contra a cidade de Gaza, capital do enclave, com o objetivo declarado de ocupar a região, resgatar reféns israelenses e desarticular o movimento Hamas. A operação já deslocou cerca de um milhão de pessoas e intensificou os bombardeios e demolições de infraestrutura civil.
Neste domingo, Israel ordenou a evacuação de três edifícios na capital. Na última quinta-feira (11), equipes de resgate da Defesa Civil de Gaza informaram que pelo menos 53 mil palestinos perderam suas casas ou tendas em menos de uma semana.
A guerra teve início após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, no sul de Israel, que deixou 1,2 mil mortos – em sua maioria civis – e resultou no sequestro de 251 pessoas.
Em resposta, Israel desencadeou uma ofensiva de larga escala que, segundo autoridades locais ligadas ao Hamas, já provocou mais de 64 mil mortes, grande parte de mulheres e crianças, além da destruição quase total da infraestrutura do território. A situação é classificada por organizações internacionais, relatores da ONU e diversos países como um desastre humanitário sem precedentes, com crescente número de vozes denunciando um possível genocídio.
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