O zootecnista, mestre em produção de ruminantes e consultor Antônio Chaker, diretor do Inttegra, o Instituto Terra de Métricas Agropecuárias, concedeu entrevista para falar dos números apurados no lançamento do trabalho de benchmarking da safra 2017-2018. Esta é a sétima edição do projeto, que é feito em parceria entre empresas especializadas em consultoria e gestão para comparar o desempenho de propriedades de pecuária de corte e descobrir pontos em comum entre as mais produtivas e que mais ganham dinheiro. Em 2018, a coleta de dados foi realizada em 420 fazendas do Brasil, além de Bolívia e Paraguai, totalizando 1,7 milhão de cabeças de gado distribuídas por 1,4 mi de hectares de pastagens. “ A pecuária é para profissional, o que a gente não pode mais é plantar “acho”. A gente brinca e diz que quem planta “acho”, colhe “quase”. E pecuária é um excelente negócio, desde que ele seja conduzido da forma adequada. Infelizmente, algumas fazendas – nesse ano foram 36% das fazendas medidas – deram prejuízo, coisa que há alguns anos era inaceitável, você imaginar que pecuária poderia dar prejuízo. O bom é que tem 30% das fazendas ganhando muito dinheiro, mais do que aplicação financeira, então essa é a nossa realidade de hoje”, afirmou Chaker.
O consultor resumiu em sete pontos os segredos das fazendas que mais têm lucro entre as 420 propriedades que integram o benchmarking. Veja abaixo:
1 – Produzir mais que a média, mas não o máximo;
2 – Gastar bem;
3 – Equipe eficiente;
4 – Uso eficiente da mão de obra;
5 – Reprodução acertada;
6 – Mortalidade sob controle;
7 – Respeitar sempre os três números mágicos: (1) faturar oito vezes o valor da folha anual de pagamentos, (2) manter a margem sobre a venda superior a 30% e (3) a cada R$ 1 gasto por cabeça, gerar ao menos 10 g de ganho de peso por dia.