O governo Lula (PT) retomou estudos sobre a possibilidade de implantação da tarifa zero nos ônibus do país. Os estudos estão sendo conduzidos pelos técnicos da gestão a pedido do próprio petista.
A proposta retoma as análises já apresentadas pelo agora ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em 2012. Na ocasião, ele apresentou um plano que previa zerar as passagens por meio de subsídio às empresas de transportes públicos.
O benefício em questão, intitulado de subsídio cruzado, estimava a cobrança de R$ 1 por litro de gasolina para financiar o sistema. A proposta foi colocada na mesa da presidente Dilma Rousseff, mas não foi adiante.
O estudo que voltou a ser analisado pela equipe econômica do presidente pode se tornar um dos motes de campanha do petista em 2026, quando ele tentará à reeleição.
Fontes do Palácio do Planalto, por sua vez, enxergam a medida como difícil diante do cenário econômico do país, segundo informações do jornal Valor Econômico. As equipes de Lula permanecem estudando a viabilidade da proposta.
Até o momento, não há garantias de que a medida possa efetivamente implementada no país já no próximo ano.
A Warren Investimentos estima que o custo anual dessa proposta poderia chegar a R$ 4,3 bilhões no ano que vem, caso a União subsidie os transportes públicos.
Em Salvador, a discussão sobre a tarifa zero segue travada. Os vereadores Hamilton Assis (PSOL) e Hélio Ferreira (PCdoB) tentam discutir o tema em uma Frente Parlamentar, que até o momento, não foi à frente na Câmara da capital baiana.
Já no que se refere aos subsídios, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) subsidiará em R$ 0,42 o valor das passagens dos transportes públicos da capital baiana. A medida será aplicada aos ônibus convencionais e dos Subsistema de Transporte Especial Complementar (STEC), conhecidos como “amarelinhos”. Os BRTs também estão incluído na despesa tarifária.
Sem o custeio do Executivo, as tarifas dos ônibus chegariam a R$ 6,02 no próximo ano, tornando a capital baiana a terceira cidade com a passagem mais cara do Brasil. Atualmente, os passageiros desembolsam R$ 5,60 para utilizarem o serviço.
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