Viabilizar o protagonismo do Brasil na transição energética e de baixo carbono é a intenção de grande parte dos representantes do governo e do setor privado brasileiro. Exemplo disto é o acordo de cooperação para a construção de parcerias em projetos para a descarbonização da Amazônia e para a recuperação de bacias hidrográficas brasileira, assinados pela Eletrobras e o BNDES em evento do Pacto Global da ONU no Brasil, durante a COP28, em Dubai
A parceria planeja projetos de revitalização de bacias hidrográficas com base em investimentos socioambientais; descarbonização na Amazônia, ações de melhoria da navegabilidade dos rios Madeira e Tocantins, além de projetos para interligar comunidades isoladas. O acordo de cooperação tem como foco o desenvolvimento de parcerias por meio de matchfunding de restauro ambiental para alavancar recursos que serão investidos nos fundos regionais.
"A Eletrobras é a maior empresa de geração de energia do país. Estamos sempre investindo em projetos para promover a melhor navegabilidade dos rios, o fornecimento garantido da energia e de preservação da natureza, ao mesmo tempo em que focamos na descarbonização", diz Camila Araujo, vice-presidente de Governança, Riscos e Compliance da Eletrobras. Neste ano, a Eletrobras o compromisso de ser NetZero até 2030, com metas baseadas na ciência.
Além disto, na privatização da companhia, foi prevista nos contratos de concessão a manutenção, por parte da Eletrobras, de fundos regionais para ações em prol do meio ambiente. Em 10 anos, a companhia vai investir cerca de R$ 10 bilhões em sustentabilidade.
Nabil Kadri, superintendente da Área de Meio Ambiente do BNDES, reforça o potencial que o país tem para a transição energética. "Isto gera oportunidades ambientais, como a descarbonização, e também de negócios. Para isto, é preciso acabar com o desmatamento e recompor o que foi desmatado, recuperarando então o carbono da atmosfera". O executivo celebrou ainda outros acordos recentes, como Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, com 10 bilhões de reais para financiar projetos de desenvolvimento sustentável.
Para Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, o setor privado deve trabalhar junto com o público. "A política pública é o que vai atingir o objetivo central do crescimento econômico e o combate à desigualdade, com pautas de energia de suprimeiro, segurança energética, controle da inflação, e queda do juros, de forma que todos os brasileiros tenham acesso", afirmou. A vantagem, para isto, é já contar com 88% da matriz energética de origem renovável.
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