Antes do início da votação deta quarta, Vanessa Frazier, representante permanente de Malta junto da ONU, afirmou: “Inúmeros civis estão agora sofrendo as consequências devastadoras que o conflito armado traz consigo”.
Veja como se distribuíram os votos:
- A favor da resolução – 12 votos (Albânia, Brasil, China, Emirados Árabes Unidos, Equador, França, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique e Suíça).
- Contra a resolução – 0 voto.
- Abstenções – 3 votos (Estados Unidos, Reino Unido e Rússia).
Essa foi a primeira proposta a obter consenso no Conselho de Segurança. Desta vez, EUA e Rússia não usaram poder de veto.
"[Esta resolução] salvará vidas. Precisamos de um esforço coletivo para conseguir ajuda o mais rápido possível através de tantas rotas quanto possível", disse Barbara Woodward, representante permanente do Reino Unido na ONU, após a votação.
A votação foi marcada no mesmo dia em que forças israelenses realizaram uma operação militar no maior hospital de Gaza, com a justificativa de que membros do grupo terrorista Hamas estavam no local.
ONU aprova resolução que prevê pausa humanitária e proteção de crianças — Foto: Reprodução
Emenda russa
Antes da votação, a Rússia foi o único país do Conselho de Segurança da ONU que chegou a se pronunciar sobre a resolução, chamando o texto de "desequilibrado" (leia mais abaixo).
A Rússia falhou numa tentativa de última hora de alterar a resolução para incluir um apelo a uma trégua humanitária imediata que conduzisse à cessação das hostilidades.
“Gostaria de perguntar aos nossos colegas norte-americanos: vocês eliminaram tudo [no texto] o que pudesse de alguma forma indicar a necessidade de cessar as hostilidades. Isso significa que são a favor de que a guerra no Oriente Médio continue indefinidamente?", disse Vassily A. Nebenzia, embaixador da Rússia na ONU, antes da votação.
Resoluções do Brasil e de Malta
Abaixo, compare a resolução de Malta, que foi aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU, com a do Brasil, que foi vetada pelos EUA em uma reunião realizada semanas atrás.
Resoluções Brasil e Malta — Foto: GloboNews