Não sabemos se o responsável pela explosão de um hospital em Gaza foi Israel ou a Jihad Islâmica. Precisamos esperar investigação independente. No passado, os Israelenses negaram também ataques e posteriormente ficou provado que estavam corretos. Em outras ocasiões, como no assassinato de uma jornalista palestina-americana em Jenin e no massacre de crianças em um abrigo da ONU em Qana, no Líbano, Israel acabou sendo desmentido ao ser provada sua culpa.
Ainda que seja impossível saber neste primeiro momento, a narrativa de que foi Israel já é dominante no mundo árabe, inclusive ente aliados como Jordânia, Emirados Árabes e Egito. Ações já começaram a ser tomadas em função dessa percepção, seja ela certa ou errada. Basta ver a decisão da Jordânia de cancelar encontro do rei Abdullah e do ditador al-Sissi com o presidente Joe Biden — o líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, já havia dito que não participaria. Outra consequência é o aumento da pressão internacional para um cessar-fogo imediato, inclusive na resolução estudada no Conselho de Segurança da ONU.
Nas ruas árabes, certamente Israel será considerado culpado. Mesmo antes, torcidas do Raja Casablanca, do Marrocos, e do Al Ahly, do Egito, entoavam gritos anti-Israel por causa dos bombardeios a Gaza em resposta ao ataque do Hamas. Temos de ficar de olho no impacto na Cisjordânia.
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