Aos 14 anos, Gabriela Bettoni é promessa do tênis baiano e busca vaga para Wimbledon

Enquanto os olhos estão voltados para o novo fenômeno nacional do tênis, o brasileiro João Fonseca, outras promessas da modalidade surgem pelo país, como é o caso da baiana Gabriela Bettoni, de 14 anos, apoiada pelo FazAtleta. Com vitórias recentes em quatro competições sul-americanas e convocada pela Seleção Brasileira para a disputa da Copa Cosat (Confederação Sul-Americana de Tênis), agora, ela mira o torneio que acontece na grama e pode render vaga para Wimbledon, a competição mais antiga da modalidade.

Se depender de seus resultados recentes, as chances de Gabriela são boas. Ao participar da principal gira sul-americana sub-14, composta por seis torneios, dos quais ela disputou cinco e venceu quatro nas chaves por duplas, além de ter sido vice uma vez tanto em simples quanto duplas, foi no último que a jovem atual campeã do Bahia Juniors Cup fez história novamente.

Gira Sul-americana – Ela alcançou duas finais - simples e duplas - no tradicional torneio juvenil Banana Bowl. Com os vice-campeonatos, ela se tornou a primeira baiana, dentre homens e mulheres, a chegar nesta fase do torneio na categoria 14 anos na história do torneio, mesmo com grandes nomes baianos que passaram por lá, como Natan Rodrigues e Eduardo Catharino.

Nesta campanha, Gabi não perdeu um único set em nenhuma das modalidades até as finais. Nas partidas de simples, ela superou as principais favoritas, incluindo as cabeças de chave 1 e 3 do torneio, com uma atuação impressionante e cheia de determinação, segundo sua mãe, Andrea Bettoni “Nas duplas, Gabi e sua parceira mantiveram sua notável invencibilidade numa sequência que incluiu vitórias nos quatro torneios anteriores da grande gira sul-americana, em que conquistaram títulos em Cali, Guayaquil, Assunção e na renomada Brasil Juniors Cup”.

Copa Cosat – Os resultados conquistados são fruto de orgulho e muito aprendizado e fazem parte da preparação para a Copa Cosat. O torneio irá reunir os melhores atletas no ranking sul-americano de todos os países do continente entre os dias 26 de abril e 04 de maio em Bragança Paulista, interior de São Paulo.

“Foi uma experiência muito incrível que quero levar pro resto da minha vida. Fiz jogos muito bons, jogos duros que não consegui dar o meu melhor, mas na maioria consegui colocar em prática tudo que eu treinei”, conta. Além do talento e da experiência de quem entrou na modalidade aos quatro anos de idade, Gabriela vem de treinamentos intensos, com o experiente Evaldo da Silva Júnior, o Evaldinho.

“O comportamento de Gabi foi o que fez esses resultados. Um comportamento diferenciado em termos de esforço. Ela se esforçou bastante, mostrou que estava amadurecendo. E a consequência disso foram os resultados na gira. Ela estava precisando dar uma afinada nos golpes, fizemos um upgrade na parte física, mas o principal é a parte mental. Ela está tendo um amadurecimento incrível e acho que o principal de tudo não são os resultados, é a experiência, a bagagem que ela traz dessa gira”, comenta o treinador.

FazAtleta e futuro - Os olhos da jovem tenista, que recebe o FazAtleta pelo terceiro ano seguido, estão atentos agora a Copa Cosat, para qual foi convocada pela Seleção Brasileira para disputar. Como o Brasil é a sede da competição sul-americana neste ano, o país pode levar um grupo com cinco tenistas - ao invés de três, que é o usual.

A animação da jovem é ainda maior por conta de ser o único torneio de grama na América do Sul, além de render vaga para a disputa em Wimbledon, na Inglaterra. “Estou muito confiante! Espero que seja um torneio muito incrível, porque é o único torneio de grama que tem na América do Sul. E sobre Wimbledon tenho uma expectativa muito alta também, mas quero só dar o meu melhor nesse torneio agora e vou com tudo”, conta Gabriela, que na grama ou nas quadras promete entregar muita coisa daqui pra frente no tênis.

A atleta agradece o apoio do programa do Governo do Estado, por meio da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb) e da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), que é considerado de grande valia para o desenvolvimento da atleta. “Esse programa com toda certeza é essencial para o atleta baiano, pois sem ele não teria condições alguma de nos representar e chegar onde cheguei, pois não adiantaria talento e força de vontade se não houvesse recursos e apoio para mostrarmos a nossa capacidade. Então, o FazAtleta foi e é o programa que me proporcionou a realização de nos representar no nível mais alto do país”, finaliza.