A Polícia Federal, a Receita Federal, o Ministério Público da Bahia, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), e a Força Correcional Especial Integrada (Force/Coger/SSP-BA) deflagraram, nesta quarta-feira (1º), a Operação Estado Anômico, com foco no desmantelamento de uma organização criminosa especializada em lavagem de capitais e atividades ilícitas como jogo do bicho, agiotagem, extorsão e receptação qualificada.
Entre os alvos está o deputado estadual Binho Galinha, que não foi localizado durante a ação e já é considerado foragido. A operação também resultou na prisão preventiva da esposa e do filho do parlamentar, além de quatro policiais militares que atuavam em sua proteção. Outro investigado permanece em fuga.
De acordo com a 1ª Vara Criminal de Feira de Santana, foram expedidos 10 mandados de prisão preventiva, incluindo contra o deputado, e 18 de busca e apreensão, além do bloqueio de aproximadamente R$ 9 milhões em contas bancárias e da suspensão de atividades econômicas de uma empresa vinculada ao grupo.
As investigações apontam para a prática reiterada de crimes financeiros, com estratégias de ocultação e dissimulação de bens e valores. A operação mobilizou cerca de 100 policiais federais, além de 11 auditores-fiscais e três analistas tributários da Receita Federal.
O nome da operação faz referência ao conceito de “Estado Anômico”, que descreve uma condição social marcada pelo enfraquecimento das normas e valores coletivos, gerando desorganização e incerteza.
As apurações seguem em andamento para identificar outros possíveis envolvidos e fatos relacionados. Caso condenados, os investigados poderão cumprir penas que, somadas, podem ultrapassar 50 anos de reclusão.
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