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Alagoinhas, BA
A partir do dia 3 de julho, o Hospital Geral Prado Valadares (HGPV), em Jequié, contará com um novo serviço voltado à humanização do cuidado pediátrico: a Classe Hospitalar. A iniciativa marca um avanço na atenção educacional a crianças e adolescentes hospitalizados, sendo a Uesb a principal articuladora dessa conquista, em parceria com o HGPV, que também desempenha papel fundamental na aceitação e implementação do projeto.
A Classe Hospitalar será implantada no “Castelinho”, espaço dedicado ao atendimento pediátrico no HGPV. A proposta surgiu após convite da diretoria do hospital, que reconheceu no projeto uma oportunidade de somar esforços à conquista do Selo Estadual de Humanização da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab).
Além do suporte pedagógico aos pacientes internados, o projeto também cumpre uma função formativa junto ao curso de Pedagogia da Uesb. “Queremos consolidar esse campo como área de atuação profissional e de estágio para nossos estudantes. Muitos já desenvolvem seus Trabalhos de Conclusão de Curso sobre Pedagogia Hospitalar, e estamos elaborando uma proposta para a criação de uma especialização na área”, revela a coordenadora do projeto, professora Tânia Sá.
O projeto é financiado com recursos do Auxílio à Extensão (AuxExt), da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Proex). “O papel da Uesb é seminal, essencial, imprescindível. Sem o apoio da Proex, não teríamos conseguido confeccionar os jalecos, montar o acervo de brinquedos e materiais didáticos, ou mesmo garantir as bolsas para as estudantes que integram o projeto”, destaca a professora.
Processo de implantação – Durante os meses de maio e junho, a equipe realizou visitas no espaço hospitalar, promovendo formações com estudantes e profissionais da unidade. “Levamos nossos estudantes para vivenciar experiências na brinquedoteca, na emergência e na UTI Pediátrica. A receptividade foi enorme e o reconhecimento do nosso trabalho foi imediato”, afirma.
A atuação da Classe Hospitalar ocorrerá, prioritariamente, no turno vespertino, em respeito à rotina clínica dos pacientes no período da manhã. As atividades incluirão acompanhamento de tarefas escolares, aplicação de avaliações, propostas lúdico-pedagógicas e a elaboração de relatórios para as escolas de origem das crianças.
Segundo a coordenadora, o Atendimento Pedagógico Hospitalar (APH) se divide em modalidades de curta e longa duração, além do Atendimento Pedagógico Domiciliar, previsto em legislações como a Lei 11.104/2005 (Lei das Brinquedotecas), a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “Estamos cumprindo um direito legal da criança internada, garantindo continuidade à sua formação escolar mesmo durante a hospitalização”, reforça Tânia.
Próximos passos – Após a implantação em Jequié, a Uesb articula a expansão do modelo para outras unidades, como o Hospital Esaú Matos, em Vitória da Conquista. “Nossa ideia é sensibilizar a comunidade acadêmica e hospitalar de Conquista para iniciarmos o processo de implantação do APH também naquela cidade”, antecipa a professora.
O projeto é fruto da atuação da Uesb por meio do Grupo de Estudos e Pesquisas Sobre Tempo, Espaço, Educação e Memória (GPTEEM) e do projeto de extensão “O que pode o pedagogo fora da escola? Extensionismo que (in)forma sobre o trabalho do pedagogo em classes hospitalares”, coordenado pela professora Tânia Sá, do Departamento de Ciências Humanas e Letras (DCHL) da Uesb.
Fonte
Ascom/Uesb
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