Quinta-feira (10), na área de eventos do Plaza Hotel, assistimos à apresentação do Balanço dos 100 dias do governo Gustavo Carmo. Para mim, nenhuma surpresa. Acompanho os passos do prefeito, converso com seus secretários e tenho divulgado seus movimentos junto com o Partido dos Trabalhadores, no âmbito municipal, estadual e federal. O projeto é grande, os movimentos acertados, a visão é de mudança na melhor acepção da palavra e consigo enxergar uma Alagoinhas vivendo o seu potencial em um futuro muito próximo.
Se o balanço não me surpreendeu, surpresa fiquei – eu e muitos presentes – com a tensão corporal visível e a voz endurecida com que o prefeito, de forma categórica, declarou ser favorável ao armamento da Guarda Municipal, de agentes do SMT e não sei que outros servidores públicos que, segundo ele, “devem estar armados para NOS defender”. Receei ouvir um “cidadão de bem”.
É um engano, companheiro! A segurança de TODOS está diretamente ligada a uma educação de qualidade, ao acesso a melhores condições de vida, ao emprego e à geração de renda, bem como à promoção do esporte e do lazer. Em suma, depende de tudo aquilo que contribui para a dignidade e o desenvolvimento integral do ser humano.
Não adianta corregedoria para rever ações inadequadas com armas envolvidas, a ação corregedora não trará vidas de volta. E não é essa a lição que devemos dar às crianças e aos jovens, arma não é o melhor recurso para se resolver divergências.
Essa não é apenas uma opinião pessoal. Para citar um exemplo entre tantos, o membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), Roberto Uchôa, também defende que o problema da segurança pública é multidimensional e “está longe de se resumir à questão das armas de fogo”.
“A gente tem observado nos últimos anos vários municípios tendo essa ação como uma forma de atuar na segurança pública, quando teriam muitas outras formas mais efetivas”, diz Uchôa.
Nadia Freire
Editora SCR
Mín. 21° Máx. 34°