Na manhã do último sábado (8), o policial civil Marcus Vinicius Peixoto Caribé, de 41 anos, foi assassinado com pelo menos seis tiros na Alameda da Praia, em Stella Maris, bairro de Salvador. De acordo com fontes policiais, Marcus teria sido morto por engano, após ser confundido com um traficante que estaria devendo drogas à facção criminosa Bonde do Maluco (BDM).
O verdadeiro alvo dos criminosos seria um traficante conhecido como "Melqui", que, segundo a investigação, acumula uma dívida de tráfico com o BDM. Informações apuradas apontam que os criminosos receberam via aplicativo de mensagens a localização do alvo, e confundiram o policial com o traficante devido à semelhança física entre ambos.
Horas após o assassinato, policiais civis identificaram e localizaram os envolvidos no homicídio. Um deles, Mário Esteves de Jesus, morreu em confronto com agentes no condomínio Petromar, no mesmo bairro onde ocorreu o crime. Outro suspeito também foi morto após reagir à prisão em Vida Nova, município de Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador.
Uma terceira suspeita, Taiane Jesus, motorista do veículo usado pelos criminosos, foi presa e prestou depoimento, confirmando que a ação ocorreu após troca de mensagens por aplicativo. A Polícia Civil também divulgou que a participação de uma quarta pessoa já foi identificada, mas o suspeito segue foragido.
Não é a primeira vez que criminosos tentam assassinar Melqui. Em janeiro deste ano, ele e um cidadão argentino foram sequestrados e torturados em Itacimirim, município de Camaçari. A dupla foi resgatada por policiais militares da 59ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Vila de Abrantes). Na ocasião, eles foram obrigados a transferir cerca de R$ 100 mil via Pix para contas diferentes.
O assassinato do policial Marcus Vinicius gerou grande repercussão entre autoridades e a sociedade, mobilizando a polícia na identificação e captura dos envolvidos. As investigações seguem em andamento pela Polícia Civil.
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