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Delação de Cid revela que Bolsonaro ordenou monitoramento de Alexandre de Moraes

Polícia Federal investiga se esquema fazia parte de plano para impedir posse de Lula

20/02/2025 às 07h41
Por: Redação
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Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, afirmou em delação premiada que recebeu e repassou ao ex-presidente informações sobre o monitoramento do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O relato foi revelado após Moraes retirar o sigilo do processo.

Segundo a Polícia Federal (PF), o ministro estava sendo seguido por assessores presidenciais no final de 2022, como parte de um suposto plano para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, então presidente eleito.

"Que apenas recebeu os dados e repassou ao então Presidente Jair Bolsonaro, que não repassou os dados a nível detalhe, mas informou de modo geral que o ministro Alexandre de Moraes estaria em São Paulo", diz trecho do depoimento de Cid.

O delator também mencionou que Bolsonaro teria solicitado diretamente um dos monitoramentos:

 Os depoimentos de Cid foram revelados nesta quarta-feira após Moraes retirar o sigilo do processo. Nesta terça-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Bolsonaro, o ex-ministro Braga Netto e mais 32 pessoas por participação em uma trama golpista para mantê-lo no poder. A denúncia foi oferecida pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, e será apreciada pela Primeira Turma da Corte.

 

Desconfiança de Mourão

 

Em sua colaboração, Cid explicou que o monitoramento de Moraes foi determinado pelo ex-presidente porque ele desconfiava que o ministro do Supremo estava se encontrando com então vice-presidente Hamilton Mourão, que hoje é senador.

"Um dos motivos foi o fato de que o então presidente havia recebido uma informação de que o general Mourão estaria se encontrando com o ministro Alexandre de Moraes em São Paulo. Que foi uma maneira de verificar se essa informação era verdadeira ou não", afirma Cid na delação.

Este depoimento foi prestado na presença de Moraes, que perguntou se não seria mais fácil olhar a agenda do então vice-presidente. Cid diz que isso também foi feito.

"O presidente recebia muita informação não confirmada, muitos informes pelo celular dele. E pelo perfil dele, já ficava nervoso, irritado e mandava verificar. Às vezes, ele (Bolsonaro) aloprava", disse Cid na audiência.

No primeiro depoimento, a PF ainda indagou ao tenente-coronel se havia outro motivo para o acompanhamento de Moraes, já que os passos dele foram seguidos ao longo de todo o mês de dezembro de 2022.

Cid, então, respondeu que "desconhecia" outra razão, "que o então presidente não passou ao colaborador o motivo". As informações sobre as movimentações do ministro do Supremo foram fornecidas a Cid pelo ex-assessor de Bolsonaro Marcelo Câmara. Nas mensagens trocadas entre Cid e Câmara, Moraes é chamado pelo codinome "professora".

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