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Ateliê de bonecas negras realiza projetos em escolas de Salvador

Ateliê de bonecas negras realiza projetos em escolas de Salvador

17/06/2019 às 14h33 Atualizada em 17/06/2019 às 17h33
Por: Redação
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Foto: Reprodução
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Neste domingo, 16, é comemorado em Salvador o Dia da Criança Negra. A data foi instituída em 2012 através de uma lei aprovada pela Câmara Municipal e por iniciativa da Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen) com o intuito de homenagear e ajudar o processo de construção de identidade. Para além da data, a capital baiana já conta o ano todo com algumas iniciativas que ajudam a fortalecer, desde cedo, esse tipo de discussão.

Uma delas é o Amora, um ateliê de brinquedos no qual bonecas negras são confeccionadas, vendidas e também doadas. Criado em 2016 pela designer Geo Nunes, o negócio social surgiu quando ela, procurando presentes para o Dia das Crianças, se deu conta de que não haviam bonecas negras nas lojas. "Depois disso decidi que eu mesma produziria as bonecas, mesmo sem nunca ter costurado", diz Geo. Hoje, a cada peça vendida, uma é doada. Além disso, todas as roupas das bonecas são feitas com tecidos cedidos pelos blocos afro de Salvador.

O Amora também promove eventos como o projeto Eu Brinco, Eu existo, que consiste em brincadeiras educativas e contação de histórias para as crianças. "As contadoras são vestidas como as bonecas e as crianças pequenas ficam loucas porque acreditam que elas ganharam vida. Ao perceberem que as bonecas se parecem com elas, aumenta muito a autoestima e é para isso que trabalhamos", destaca Geo.

Esse ano, o Eu Brinco, Eu Existo já percorreu 12 escolas públicas de Salvador e Lauro de Freitas. Uma das parceiras do Amora é a Escolinha Maria Felipa. Utilizando as Amorinhas e livros didáticos, a escola realiza um projeto pedagógico voltado para questões identitárias. O espaço foi criado pela consultora pedagógica Bárbara Pinheiro, após a adoção de uma criança em idade pré-escolar. “Aprendemos nas escolas que a história dos negros começa com a escravidão e a primeira vez que uma criança negra se vê no livro didático é em um navio negreiro. Isso me incomodava", recorda.

*Sob supervisão da jornalista Mariana Carneiro

 

Fonte: A Tarde

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