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Queimadas crescem 248% no Brasil em janeiro e atingem mais de 1 milhão de hectares, diz relatório

De acordo com o Monitor do Fogo, do MapBiomas, quase toda área destruída pelo fogo fica na Amazônia (91% do total)

28/02/2024 às 07h49
Por: Redação Fonte: O Globo
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Fogo consome a floresta amazônica no Pará em 202 — Foto: Carl de Souza / AFP
Fogo consome a floresta amazônica no Pará em 202 — Foto: Carl de Souza / AFP

O Brasil teve mais de 1 milhão de hectares de mata queimados em janeiro deste ano, de acordo com dados do Monitor do Fogo, do MapBiomas — um número 248% maior que o registrado no mesmo período de 2023. A área incendiada é equivalente a dez vezes o estado do Sergipe.

Segundo a pesquisa, janeiro de 2023 havia registrado uma diminuição das queimadas em relação a 2022, mas agora a destruição causada pelo fogo volta a mostrar crescimento. Foram 287 mil hectares queimados em janeiro de 2023 contra 1,03 milhão de hectares no mês passado. Desse total, 941 mil hectares (91%) ficam na Amazônia, que foi o bioma mais afetado no período, principalmente em decorrência das queimadas que afetam o extremo norte da região.

Levando em consideração apenas a Amazônia, houve um aumento de 266% nas queimadas em relação ao mês anterior. O segundo bioma mais atingido foi o Pantanal, com 40.626 hectares destruídos pelas chamas.

O levantamento aponta que os três estados com maior área queimada em janeiro ficam na Amazônia. São eles:

 

  • Roraima, com 413.170 hectares atingidos pelo fogo (um aumento de 250% em relação ao mesmo período em 2023)
  • Pará, com 314.601 hectares queimados;
  • Amazonas, com 95.356 hectares.

 

Roraima representou 40% do total queimado no país em janeiro; o Pará representou 30%. O estudo destaca ainda que formações campestres, pastagens e florestas foram os tipos de vegetação mais consumidos pelo fogo em todo o país. Enquanto em Roraima 95% da área queimada foi em formação campestre, no Pará 41% foi em floresta e 49% em pastagem.

Devido à localização próxima à Linha do Equador, Roraima apresenta características climáticas e geográficas singulares, que fazem com que o período de queimadas aconteça no início do ano, ao invés do meio para o final do ano, como em outras regiões da Amazônia, explicam os pesquisadores. A estação seca geralmente se estende de dezembro a abril, enquanto a estação chuvosa vai de maio a novembro.

— É normal que a Amazônia lidere em disparada a área queimada no início do ano por conta da estação seca de Roraima acontecer justamente nesse período. Entretanto, esse ano teve o agravante da seca extrema, que retardou e diminuiu a quantidade de chuva, deixando a região ainda mais inflamável — destacou a Coordenadora do MapBiomas Fogo e Diretora de Ciência do IPAM, Ane Alencar.

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