O Ministério da Saúde do Hamas anunciou, neste sábado, 18, a morte de mais de 80 pessoas em dois bombardeios israelenses contra um campo de refugiados administrado pela ONU em Jabaliya, no norte da Faixa de Gaza, devastado pelos combates entre Israel e o movimento islamista palestino.
O primeiro bombardeio, que alvejou uma escola, deixou 50 mortos, e o segundo atingiu uma residência, matando 32 pessoas da mesma família, incluindo 19 crianças, segundo as autoridades do movimento islamista, no poder em Gaza desde 2007.
Imagens que circulam nas redes sociais, verificadas pela AFP, mostram corpos cobertos de sangue ou poeira nos andares do prédio, onde colchões foram colocados debaixo das mesas dos estudantes.
A agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês) expressou indignação pelo que chamou de um ataque "horrendo". "Estes ataques (...) devem parar. Um cessar-fogo humanitário não pode esperar mais", escreveu na rede X (antigo Twitter) o chefe da UNRWA, Philippe Lazzarini.
O coordenador de Assuntos Humanitários e Ajuda de Emergência das Nações Unidas (OCHA), Martin Griffiths, fez alusão a "informações trágicas" e lembrou que os refúgios eram "locais de segurança" e as escolas, "locais de ensino".
O Exército israelense declarou que estava analisando as informações sobre "um incidente na região de Jabaliya".
À noite, outro bombardeio israelense atingiu Khan Yunis, matando ao menos 26 pessoas, segundo o diretor do hospital Nasser nesta cidade do sul da Faixa de Gaza.
Em 7 de outubro, comandos do Hamas mataram 1.200 pessoas em solo israelense, a maioria civis, e sequestraram, juntamente com outros grupos armados, cerca de 240 pessoas, segundo as autoridades israelenses.
Desde então, os bombardeios de Israel em represália na Faixa de Gaza têm sido incessantes e mataram, segundo um balanço do Ministério da Saúde do Hamas, 12.300 civis palestinos, incluindo 5.000 crianças.
Mín. 20° Máx. 34°