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A chegada iminente do Threads, a nova rede social desenvolvida pela Meta (empresa proprietária do Facebook), representa a primeira ameaça significativa ao Twitter enfrentada por Elon Musk. Embora tenham surgido diversos candidatos a sucessores do Twitter, como o Koo indiano, o Mastodon e o Blue Sky, nenhum deles se mostrou uma ameaça real até o momento. No entanto, o Threads pode ser o primeiro a realmente impactar os negócios de Musk. A Meta, com seu domínio abismal no setor de redes sociais e mensagens, entra nesse segmento com uma base de usuários de mais de 3 bilhões, por meio de plataformas como Facebook, Instagram, Whatsapp e Messenger, segundo aponta reportagem do Valor Econômico.
O Twitter, por outro lado, tem cerca de 350 milhões de usuários mensais e tem perdido os usuários mais engajados nos últimos meses. Além disso, a situação fora do Twitter também não é animadora. O Mastodon, por exemplo, tem apenas 10 milhões de usuários, sendo que apenas 1,4 milhão deles são ativos mensalmente. Embora esse número esteja abaixo do pico de popularidade após a aquisição do Twitter por Musk no ano passado, quando atingiu 2,5 milhões de usuários mensais, é evidente que a base de usuários da Meta é uma vantagem significativa para o Threads.
A grande vantagem da Meta, no entanto, não está apenas em sua base de usuários, mas também em sua expertise em tecnologia publicitária. Tanto a Meta quanto o Google sempre foram superiores ao Twitter no desenvolvimento de tecnologia de publicidade, permitindo aos anunciantes uma segmentação mais eficiente de suas campanhas. Enquanto o Twitter historicamente teve dificuldades em inovar e obter lucro, a Meta possui uma reputação sólida no que diz respeito à moderação de conteúdo e relacionamento com anunciantes. Essa credibilidade é essencial, uma vez que os anunciantes buscam segurança ao associar suas marcas a uma plataforma, evitando conteúdos de baixa qualidade ou ilegais.
Com o lançamento do Threads, Musk e o Twitter enfrentam um desafio real. A estratégia de monetização do Twitter tem se voltado cada vez mais para os usuários mais ativos, mas resta saber se há usuários suficientes dispostos a pagar pelos serviços. Enquanto isso, Mark Zuckerberg, rápido em perceber a oportunidade, não só copiou ideias de Musk, como a venda de selos de verificação, mas também lançou o Threads como uma extensão de suas ofertas para anunciantes, aproveitando a força da Meta no mercado. A disputa entre Musk e Zuckerberg promete ser intensa, e o futuro do Twitter dependerá de como ele lidará com essa nova concorrência no Vale do Silício.
Fonte: Brasil247
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