Fomos recebidos pelo Dr. Rodrigo Matos, Secretário de Saúde do Município de Alagoinhas, para uma conversa sobre o quadro encontrado no sistema de saúde local. A situação não difere das outras secretarias: irregularidades diversas em processos administrativos, falta de recursos humanos (médicos, enfermeiras, técnicas em enfermagem) e de insumos (medicamentos, luvas, etc) para a assistência primária à saúde, são as principais dificuldades.
“Como um posto médico, ou o SAMU, pode funcionar sem médico, sem luvas, sem medicamentos? ”, pergunta o Secretário.
Sobre a maternidade, disse que, embora aberto a qualquer mudança de modalidade administrativa, desde que seja legal e que venha para melhorar a qualidade da gestão no município, não foi iniciada nenhuma discussão sobre o tema, vez que ainda estão em fase de diagnóstico situacional de toda a secretaria. O foco está sendo fazer levantamento da situação orçamentaria, financeira, contábil, operacional, então não é o momento de se pensar em mudança no tipo de gestão.
A maior preocupação de Rodrigo é justamente fazer com que a a atenção primaria à saúde, como determina o SUS, funcione corretamente, resolvendo 70% das demandas, transferindo apenas casos de média e alta complexidade, o que desafogaria o Hospital Dantas Bião e diminuiria os problemas na Maternidade. “Quando eu olho a maternidade e vejo o desespero de várias gestantes em parto prematuro, precisando de transferência para uma unidade hospitalar que disponha de uti neonatal, percebo que uma parcela significativa dessas pacientes estão em situação de sofrimento e risco por que a atenção básica não foi eficiente, não foi feito o acompanhamento pré-natal; então, do ponto de vista estratégico e financeiro, considero que o maior problema hoje de Alagoinhas é a atenção primaria a saúde que vai ser prioridade na nossa gestão” – desabafa o secretário.
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