Operação Zimmer: Polícia Civil cumpre mais de 90 mandados judiciais em seis estados, inclusive na Bahia

A Polícia Civil cumpriu mais de 90 mandados judiciais com a Megaoperação Zimmer, mobilizando cerca de 400 agentes para desarticular uma organização criminosa envolvida em tráfico de drogas, homicídios, crimes patrimoniais e lavagem de dinheiro. 

A operação ocorreu em seis estados (Pernambuco, Sergipe, Espírito Santo, Santa Catarina, São Paulo e Bahia) cumprindo mandados e fazendo bloqueio de R$ 100 milhões e sequestro de bens vinculados aos investigados, dentro da proposta de atingir a estrutura financeira do grupo, formada por pessoas físicas e jurídicas.

O capitão da Polícia Militar da Bahia, Mauro das Neves Grunfeld, voltou a ser preso na manhã desta quinta-feira, 11. Ele está entre as lideranças do crime organizado alvo da Megaoperação Zimmer, deflagrada pela Polícia Civil para desarticular a cadeia de comando de uma organização criminosa envolvida em tráfico de drogas, crimes violentos, lavagem de dinheiro e disputa por territórios.

Mauro já havia sido investigado pela Polícia Civil em 2024, durante a “Operação Fogo Amigo”, pelos crimes de organização criminosa armada e comercialização ilegal de armas de fogo, inclusive de uso restrito envolvido em uma organização criminosa especializada na venda ilegal de armas e munições para facções de Alagoas, Bahia e Pernambuco.  As investigações revelaram um sofisticado esquema de mercado clandestino, no qual o policial e outros membros da quadrilha obtinham munições de forma ilegal, adquirindo armas de fogo “frias” e repassando-as por meio de intermediários. Esse modus operandi permitia abastecer facções criminosas na Bahia com armas e munições.

Em maio de 2025, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) revogou a prisão preventiva do   ex-subcomandante da 41ª Companhia Independente da PM (CIPM/Federação-Garcia), condecorado como “policial militar padrão do ano de 2023”.

Ele chegou a ser libertado ainda em julho, mas uma liminar solicitada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) do Ministério Público da Bahia suspendeu os efeitos da decisão e determinou sua nova prisão, que ocorreu hoje.