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China intensifica compras de soja brasileira em meio à queda nos preços

Queda nos preços do grão sul-americano e acordo entre Washington e Pequim impulsionam as importações da China

03/11/2025 às 10h43
Por: Redação Fonte: Brasil247
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Carga de soja do Brasil com destino à China (Foto: Paulo Whitaker / Reuters)
Carga de soja do Brasil com destino à China (Foto: Paulo Whitaker / Reuters)

Importadores chineses de soja intensificaram a compra de cargas do Brasil nos últimos dias, aproveitando a queda dos preços do grão sul-americano e a expectativa de um novo acordo comercial entre os Estados Unidos e a China. O movimento reflete uma tentativa dos compradores de se antecipar a uma possível retomada das exportações norte-americanas para o maior consumidor mundial da commodity.

De acordo com a Reuters, traders informaram que compradores chineses reservaram dez cargas de soja brasileira para embarque em dezembro e outras dez para o período entre março e julho. Com o recuo das cotações, o produto do Brasil passou a ser negociado a preços inferiores aos das cargas dos EUA, revertendo a tendência recente.

“O Brasil agora está mais barato do que o Golfo dos EUA, e os compradores estão aproveitando a oportunidade para reservar cargas”, afirmou um operador de uma empresa internacional que administra fábricas de processamento de oleaginosas na China. “Estamos observando um aumento na demanda por grão brasileiro desde a semana passada.”

Acordo agrícola reaquece relação entre Pequim e Washington

O aumento das compras ocorre após a reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder chinês Xi Jinping, realizada na Coreia do Sul na semana passada. O encontro resultou em um compromisso de Pequim em expandir o comércio agrícola com Washington. A Casa Branca anunciou que a China se comprometeu a adquirir ao menos 12 milhões de toneladas de soja norte-americana ainda em 2025 e cerca de 25 milhões de toneladas por ano nos próximos três anos.

O mercado aguarda agora um posicionamento oficial de Pequim sobre possíveis reduções nas tarifas de importação impostas aos produtos agrícolas dos EUA. “Ouvimos falar do lado dos EUA, mas nada de mais veio da China”, observou outro trader de uma grande trading global. “Não podemos tomar decisões comerciais até que a China diga que removeu a tarifa sobre a soja dos EUA.”

COFCO retoma compras dos EUA

Na semana passada, a estatal chinesa COFCO realizou as primeiras aquisições da nova safra norte-americana, reservando três cargas. Ainda assim, o Brasil segue competitivo: os grãos brasileiros para embarque em dezembro estão sendo cotados a um prêmio de US$ 2,25 a US$ 2,30 sobre o contrato de janeiro na Bolsa de Chicago, contra US$ 2,40 por bushel para os grãos embarcados a partir da Costa do Golfo dos EUA.

Os contratos futuros de soja em Chicago registraram alta de quase 1% na segunda-feira, atingindo o maior patamar em 15 meses. O retorno da China ao mercado norte-americano contribuiu para sustentar o otimismo entre os traders, que agora observam com atenção os próximos passos da política comercial chinesa.

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