
A Polícia Federal (PF) iniciou na manhã desta quinta-feira (9) mais uma fase da ‘Operação Sem Desconto’, que apura descontos indevidos em aposentadorias e benefícios do INSS.
Estão sendo cumpridos 66 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, com "objetivo de aprofundar as investigações e esclarecer a prática de crimes como inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa e atos de ocultação e dilapidação patrimonial" explica a PF.
Os crimes investigados são de estelionato qualificado; peculato; corrupção ativa; uso de documento falso; lavagem de capitais e organização criminosa. O foco principal são três empresas encarregadas da lavagem de dinheiro.
Na operação em São Paulo, os federais apreenderam carros de luxo, dinheiro em espécie e até uma arma. Ao menos quatro carros modelo Porsche foram apreendidos até agora.


Sindicatos como alvo
Além das empresas, três associações responsáveis pelo desconto indevido estão sendo alvo da operação desta quinta (9). Buscas na casa dos responsáveis por essas associações também estão sendo feitas.
Uma dessas entidades é o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (SINDNAPI), cujo presidente Milton Baptista de Souza Filho, que tem depoimento marcado para hoje quinta (9) na CPMI do INSS, é alvo dos mandados.
O vice-presidente da entidade é o irmão do presidente Lula (PT), José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, que não é alvo da operação da PF.
Por meio de nota, o SINDNAPI disse que “manifesta sua surpresa com o cumprimento de mandados de busca e apreensão na manhã de hoje em sua sede em São Paulo, bem como na casa de seu Presidente e alguns Diretores, em operação deflagrada pela Polícia Federal em nova fase da “Operação Sem Desconto”.
“Esclareça-se que os advogados não tiveram acesso ao inquérito policial, ao conteúdo das razões da representação policial ou dos fundamentos da decisão que autorizou a deflagração da medida cautelar, mas reitera seu absoluto repúdio e indignação com quaisquer alegações de que foram praticados delitos em sua administração ou que foram realizados descontos indevidos de seus associados”, afirmou.
“A exemplo do procedimento adotado nas demais demandas judiciais, o SINDNAPI comprovará a lisura e legalidade de sua atuação, sempre em prol de seus associados, garantindo-lhes a dignidade e respeito que são devidos”, disse o sindicato.
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