Projeto 'Do Zero ao Single' valoriza artistas da periferia de Alagoinhas com estrutura profissional de produção musical

É difícil não se emocionar ao conhecer um projeto como o Do Zero Ao Single – Sons da Periferia, que tem tudo para se tornar um divisor de águas na cena cultural de Alagoinhas. Em uma cidade onde tantos talentos nascem e crescem longe do acesso a recursos profissionais, essa iniciativa chega como um sopro de esperança, criando pontes entre a periferia e os palcos da visibilidade.

Com um formato simples, porém poderoso, o projeto vai selecionar cinco artistas emergentes das periferias de Alagoinhas, oferecendo a cada um deles aquilo que muitos sonham a vida inteira: a chance de gravar um single autoral com toda a estrutura de um estúdio profissional, sob a orientação de especialistas. Com produção musical dirigida por Lucas Costa — nome forte da cena, com mais de 14 anos de estrada — o projeto garante não só qualidade técnica, mas também sensibilidade artística para traduzir o som das ruas em obras autênticas e bem finalizadas.

Mas Do Zero Ao Single vai além da gravação. Ele entende que a música, hoje, também se constrói nas redes, e por isso oferece um time de comunicação visual e marketing dedicado a fortalecer a identidade de cada artista. Isso inclui design de capas, fotografias, vídeos curtos e uma presença estratégica em plataformas como Instagram, TikTok e YouTube Shorts. Tudo pensado para dar palco e voz a quem sempre teve talento, mas nunca teve oportunidade.

Um dos aspectos mais potentes da iniciativa é justamente a forma como ela conecta a arte à comunidade. Cada vídeo, cada postagem, cada registro de bastidor será uma janela para que o público veja de perto a rotina, os desafios e os sonhos de quem representa a periferia com orgulho e resistência. Humanizar essas trajetórias é também reconhecer o valor cultural que brota dos bairros muitas vezes esquecidos pelas políticas públicas.

Além disso, o projeto fortalece o senso de pertencimento local. Ao ouvir um artista da cidade em uma plataforma global, o jovem da periferia de Alagoinhas se vê ali representado — e mais do que isso: se vê possível. Ele entende que sua voz tem lugar, que sua história tem valor, que sua arte pode atravessar fronteiras.

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