O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) inicia nesta terça-feira (18) uma nova reunião para definir o rumo da taxa básica de juros, a Selic. Essa será a segunda reunião sob a presidência de Gabriel Galípolo, e o mercado financeiro aguarda com atenção a decisão, que será anunciada na quarta-feira. A expectativa predominante entre economistas é de um aumento de um ponto percentual, elevando a Selic dos atuais 13,25% para 14,25% ao ano, informa o jornal O Globo.
No entanto, há divergências sobre o cenário para os próximos meses. Enquanto alguns analistas acreditam que a alta dos juros está chegando ao fim e prevêem uma estabilização a partir de maio, outros estimam que o ciclo de elevações continuará e que a Selic pode chegar a 16% até o final do ano. O principal objetivo do BC é conter a inflação, que no último ano ficou em 4,83%, acima do centro da meta, que é de 3% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Apesar da política monetária restritiva, o volume de crédito no sistema financeiro nacional continuou em expansão. Dados do Banco Central mostram que, em 2024, o saldo de operações de crédito cresceu 10,9%, superando o aumento de 8,1% registrado em 2023. O resultado também ficou ligeiramente acima da projeção do próprio BC, que previa um crescimento de 10,6%.
Outra informação relevante para as projeções econômicas é o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Banco Central. Pela primeira vez em 20 semanas, os analistas do mercado reduziram suas estimativas para a inflação de 2025. Agora, a projeção é de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) suba 5,66%, ligeiramente abaixo dos 5,68% previstos na semana anterior.
O resultado da reunião do Copom poderá trazer impactos significativos para o mercado financeiro e para a economia real. Uma alta da Selic torna o crédito mais caro e pode desacelerar o consumo e os investimentos, mas muitas vezes é vista como necessária para controlar a inflação.
Mín. 21° Máx. 32°