De acordo com dados apresentados no portal Fundação Getúlio Vargas Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE), o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) registrou uma alta de 1,81% no mês de fevereiro de 2025. Este indicador, que reflete o comportamento dos aluguéis residenciais nas principais capitais brasileiras, apresentou uma desaceleração em relação ao mês de janeiro, quando a alta foi de 3,73%. No acumulado de 12 meses, o índice subiu para 8,01%, um leve aumento de 0,02 ponto percentual em relação ao período de janeiro de 2025.
Segundo os dados apresentados, o aumento registrado em fevereiro de 2025 representa uma desaceleração após o forte crescimento observado no final de 2024. No entanto, conforme informado na publicação, a expectativa é de que a aceleração dos preços de aluguéis se mantenha nos próximos meses, à medida que contratos renovados incorporam os aumentos de custos do ano anterior.
O estudo ainda aponta dados localizados e cita que entre as capitais analisadas, Belo Horizonte foi a cidade que apresentou o maior aumento no IVAR, passando de uma variação negativa de -0,75% em janeiro para 5,23% em fevereiro. Já em São Paulo, o índice caiu de 4,28% para 2,83%, e no Rio de Janeiro, houve uma leve alta de 2,52% para 2,61%. A única capital que apresentou uma reversão negativa foi Porto Alegre, onde o índice caiu de 5,97% em janeiro para -2,35% em fevereiro.
Em relação à variação interanual, o relatório aponta dados de desaceleração nos preços de aluguéis em três das quatro capitais. Em Belo Horizonte, a taxa acumulada em 12 meses passou de 10,05% para 8,83%, no Rio de Janeiro de 7,45% para 6,39%, e em São Paulo de 6,15% para 6,03%. A única exceção foi Porto Alegre, que viu um aumento no ritmo de variação, com o índice subindo de 8,65% para 10,40%.
José Antônio Valente, diretor da empresa de locação de equipamentos em Manaus, Amazonas, para construção civil, Trans Obra, afirmou que observa uma tendência de profissionalização e expansão das redes de franquias especializadas na locação de equipamentos para construção civil e que esse modelo de negócio tem se mostrado um dos mais resilientes do mercado, garantindo previsibilidade financeira e retorno para os investidores, até mesmo no sentido de reduzir impactos relacionados com o comportamento dos aluguéis residenciais e com os índices que o relatório acompanha e informa mensalmente. “Com a crescente necessidade de obras sustentáveis e tecnológicas, empresas do setor têm inovado na oferta de equipamentos modernos e eficientes, o que garante um diferencial competitivo. Tanto que algumas redes do setor estão se destacando entre as franquias mais lucrativas do Brasil”.
Ainda de acordo com o estudo divulgado, o movimento no mercado de aluguéis segue o comportamento geral dos preços nos últimos meses, que vem apresentando um quadro de instabilidade, mas com sinais de uma tendência de aceleração nos próximos meses. As altas nas variações interanuais indicam que, embora os preços tenham desacelerado momentaneamente, os aumentos podem continuar a impactar o mercado de aluguéis residenciais em diversas regiões do país.
Perguntado sobre o assunto, José Antônio disse que mesmo diante das flutuações no mercado imobiliário, o segmento de locação de equipamentos segue promissor, com oportunidades expressivas de crescimento e rentabilidade. José disse ainda que diante de cenários mais negativos na economia, estar atento a oportunidades dentro do setor da construção civil é fundamental para alcançar bons resultados. “Para os empreendedores que desejam investir no setor, este é um momento oportuno para ampliar a presença no mercado e fortalecer a oferta de serviços. Estar no mercado de locação de equipamentos para construção civil é uma forma de atender a uma demanda de empresas do setor que desejam reduzir seus custos operacionais em compras de equipamentos e na manutenção de máquinas que a empresa já possuem, já que na locação, a qualidade dos equipamentos fica sob responsabilidade das empresas de aluguéis de máquinas e equipamentos”.
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