Ney Latorraca, um dos maiores nomes da TV brasileira, morre aos 80 anos no Rio de Janeiro

O ator Ney Latorraca faleceu nesta quinta-feira (26) no Rio de Janeiro, aos 80 anos, informou o portal g1. Ele estava internado na Clínica São Vicente, na Gávea, Zona Sul da cidade. A causa da morte não foi divulgada.

Com uma carreira marcada por sucessos na televisão, teatro e cinema, Ney destacou-se em obras como as novelas "Vamp", "Rabo de Saia" e o programa humorístico "TV Pirata", que conquistaram gerações.

Infância e primeiros passos na arte

Nascido como Ney de Souza Pereira, em Santos, São Paulo, no dia 25 de julho de 1944, ele era filho de Alfredo, crooner de boates, e Tomaza, corista. Durante a infância, viveu entre São Paulo, Rio de Janeiro e Santos, onde fundou a banda Eldorado na juventude.

Sua estreia no teatro ocorreu em 1964, com a peça escolar "Pluft, o Fantasminha", que rapidamente ganhou notoriedade. Ney foi então para São Paulo, onde participou da peça "Reportagem de um Tempo Mau", dirigida por Plínio Marcos, no Teatro Arena. A produção, no entanto, foi censurada durante o regime militar, um episódio que impactou profundamente o jovem ator.

“Fiquei completamente arrasado, queria me matar. Voltei para Santos”, revelou Ney em depoimento anos depois.

Mesmo abalada, sua paixão pela arte o levou a ingressar na Escola de Arte Dramática, onde continuou a aprimorar suas habilidades.

Ascensão na televisão e no cinema

Em 1969, Ney estreou na televisão em "Super Plá", na TV Tupi, e no cinema com o filme "Audácia, a Fúria dos Trópicos". Pouco tempo depois, passou por emissoras como TV Cultura e TV Record, até conquistar seu espaço na TV Globo, em 1975, com a novela "Escalada".

Seu carisma, talento e versatilidade garantiram uma trajetória de destaque na dramaturgia brasileira, marcando gerações com interpretações memoráveis.

Legado na dramaturgia brasileira

Além das telas, Ney Latorraca também teve uma trajetória marcante no teatro, onde iniciou sua paixão pela arte cênica. Ao longo das décadas, tornou-se referência na dramaturgia brasileira, com papéis que iam do cômico ao dramático, sempre com uma performance marcante.

Sua partida deixa uma lacuna na cultura nacional, mas seu legado será eternamente lembrado como símbolo de dedicação e excelência artística.