Em uma decisão que marca uma nova fase de expansão do bloco, os líderes do Brics aprovaram, durante uma reunião em Kazan, na Rússia, a entrada de 13 novos países como parceiros. A medida, impulsionada pela pressão russa, foi aceita sem oposição pelos demais membros, incluindo o Brasil. No entanto, os novos integrantes terão status de "parceiros", com participação limitada e sem direito a voto nas decisões estratégicas do grupo.
Entre os países incluídos estão Turquia, Indonésia, Belarus, Cuba, Bolívia, Malásia, Uzbequistão, Cazaquistão, Tailândia, Vietnã, Nigéria, Uganda e Argélia. Esses novos parceiros terão que concordar com os termos propostos para seu ingresso no bloco, aceitando um papel inferior ao de membros plenos.
O Brasil, que inicialmente resistia à expansão, cedeu diante da pressão chinesa, mas vetou, informalmente, a inclusão de Venezuela e Nicarágua, refletindo a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de manter o Brics limitado a seus membros originais e a critérios rigorosos para novos ingressos.
Enquanto isso, os membros plenos recentemente admitidos, como Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos e Etiópia, continuam a participar das reuniões com plenos direitos. A Arábia Saudita ainda não formalizou seu ingresso, e a Argentina recuou de sua adesão após a vitória de Javier Milei nas eleições.
A expansão do Brics, mesmo com divergências internas, reforça o papel do bloco como influência global, destacando o equilíbrio delicado que os membros buscam ao incorporar novos parceiros enquanto mantêm a coesão interna.
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