Em um cenário global cada vez mais preocupado com a poluição plástica, estudantes baianas deram um passo significativo no combate ao problema. Eduarda Damasceno, Joane Assis e Hillary Rafaela, alunas do Colégio Estadual Nelson Maia, em Ponto Novo, desenvolveram o Plásticuri, um bioplástico sustentável produzido a partir do Licuri, fruto típico da Caatinga. O projeto foi orientado pelo professor João Guirra e surge como uma alternativa ambientalmente responsável ao plástico convencional.
De acordo com Eduarda Damasceno, a ideia do Plásticuri surgiu após uma experiência de campo em que o grupo identificou uma grande quantidade de lixo plástico no rio Itapicuru-Açu. "Notamos o impacto do plástico no meio ambiente e começamos a pesquisar formas de reduzir esse problema. O bioplástico produzido com Licuri não só minimiza os resíduos plásticos, como também pode fortalecer a agricultura familiar no semiárido", afirma a estudante.
Foto: SDR
Os primeiros testes do Plásticuri mostraram resultados promissores. Em apenas 28 dias, o bioplástico atingiu uma taxa de degradação de 82%, comparado ao plástico tradicional, que pode levar séculos para se decompor. "O potencial do Plásticuri para substituir sacolas plásticas e outros produtos convencionais é imenso", detalha Eduarda, entusiasmada com as possibilidades.
O projeto conta com o apoio da Secretaria da Educação (SEC) e do Núcleo Territorial de Educação (NTE 25) e segue em fase de aprimoramento. Rute Katiane, coorientadora do projeto, explica que os próximos passos incluem a análise do bioplástico em diferentes ambientes e a produção em larga escala. "Além de beneficiar o meio ambiente, o Plásticuri contribui para a preservação da palmeira do Licuri e oferece novas oportunidades para a agricultura familiar", destaca Rute.
Foto: Gabriel Pinheiro/ Ascom Secti
O projeto Plásticuri reflete o compromisso da Bahia com a ciência, tecnologia e inovação, promovendo soluções sustentáveis que impactam positivamente o meio ambiente e as comunidades locais.
Mín. 18° Máx. 33°