Na madrugada deste sábado (28), uma operação conjunta entre o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) resultou na morte de cinco garimpeiros durante um confronto na Terra Indígena (TI) Sararé, no Mato Grosso. A ação, iniciada no dia 23 de setembro, tinha como objetivo combater o garimpo ilegal que há anos tem devastado essa região, habitada por indígenas da etnia Nambiquara.
Os garimpeiros foram baleados após abrir fogo contra os agentes federais. Durante a ação, foram apreendidas seis armas, incluindo um fuzil 556, uma submetralhadora, uma espingarda calibre 12, duas pistolas e um revólver. Além disso, as forças de segurança recolheram munições, miras refletivas e carregadores, reforçando o alto nível de armamento usado pelos criminosos.
Destruição de equipamentos utilizados no garimpo ilegal
Com o suporte de três aeronaves, a operação do Ibama e PRF também resultou na destruição de uma grande quantidade de equipamentos usados no garimpo ilegal. Até o momento, foram destruídas 30 escavadeiras, 22 caminhonetes, dois caminhões, uma pá-carregadeira, seis motos, 25 acampamentos e cinco mil litros de combustível. As autoridades também confiscaram motores e outros instrumentos que auxiliavam na extração ilegal de ouro.
Esse tipo de operação, com foco na repressão ao garimpo em áreas indígenas, tem sido intensificada nos últimos anos devido ao impacto devastador que a exploração ilegal causa nas terras protegidas. Desde 2021, mais de 1,9 mil hectares da TI Sararé foram degradados pela atividade criminosa.
Garimpo ilegal na TI Sararé: um dos maiores desafios ambientais do Brasil
A Terra Indígena Sararé, com 67 mil hectares, é uma das áreas mais afetadas pelo garimpo ilegal no Brasil. A exploração desenfreada do ouro não só destrói o meio ambiente como ameaça diretamente as comunidades indígenas locais. Desde 2023, o Ibama já destruiu cerca de 200 escavadeiras em ações de repressão na região.
As operações para combater o garimpo ilegal na TI Sararé enfrentam forte resistência de grupos armados, que lucram com a exploração dos recursos naturais. As forças de segurança seguem intensificando as ações, enquanto o impacto ambiental e social dessa prática criminosa continua a ser uma grande preocupação para as autoridades e para as comunidades indígenas.
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