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Professores da Uneb entram em greve por tempo indeterminado após impasse salarial

Governo propõe reajuste de 13,83% em dois anos, mas docentes da Uneb pedem 17,42%

30/09/2024 às 06h52
Por: Redação
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Foto: Divulgação
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Os professores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado nesta sexta-feira (27). A greve foi decretada após a recusa dos docentes à proposta de recomposição salarial oferecida pelo Governo do Estado. Embora as negociações estejam ocorrendo desde abril, o impasse persiste, e os professores da Uneb foram os únicos entre as universidades estaduais a rejeitar a oferta e aderir à paralisação.

Com o início da greve, as aulas estão suspensas, afetando milhares de estudantes. No entanto, 30% das atividades essenciais continuarão, incluindo pesquisas com prazos definidos, bancas de qualificação e defesa da pós-graduação, além de estágios supervisionados. A decisão de suspender as atividades foi aprovada pela Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb), com 76 votos a favor, 54 contrários e nove abstenções.

Governo da Bahia propõe reajuste salarial de 13,83%

O Governo da Bahia apresentou uma proposta de reajuste salarial acumulado de 13,83%, distribuído em dois anos. Para 2025, o governo propôs 6,79% de aumento, dividido entre 4,7% em janeiro e 2% em julho. Já em 2026, o aumento seria de 6,59%, também dividido em duas parcelas: 4,5% em janeiro e 2% em julho. No entanto, os professores da Uneb consideraram o reajuste insuficiente, pedindo 17,42% de aumento, com base em três parcelas de 5,7%, começando em janeiro de 2025 e finalizando em dezembro de 2026.

As outras universidades estaduais da Bahia, como a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), e a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), aceitaram a proposta do governo e continuam suas atividades normalmente.

Aduneb continua negociações com o governo

Desde abril, o sindicato docente vem negociando com o governo baiano sobre a recomposição salarial dos professores. As negociações foram aceleradas após as assembleias docentes aprovarem um indicativo de greve em junho. A Aduneb afirma que o governo só cedeu à mesa de negociações após essa pressão.

Com a greve já em vigor, as negociações continuam, e a categoria espera um novo posicionamento do Governo da Bahia para tentar chegar a um consenso que permita o retorno das aulas e atividades plenas.

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