O deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) defendeu-se nesta quarta-feira (24) do pedido de cassação apresentado pelo Psol no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados. Brazão é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do seu motorista, Anderson Gomes.
Atualmente preso no presídio da Papuda, em Brasília, o deputado participou da reunião do Conselho de Ética por meio de videoconferência. "Sou inocente e vou provar. Sei que não há muito o que dizer", declarou o parlamentar.
Ele também insinuou que, por causa da relevância do crime, os deputados estariam sofrendo pressão da mídia. "Ao final de tudo isso, eu provando e provarei a minha inocência, que pudessem aqueles que eu já ouvi se retratar futuramente em relação à minha família", disse.
O presidente do Conselho de Ética, deputado Leur Lomanto (União-BA), informou que, mesmo não sendo o momento da defesa, o representado tem o direito de usar a palavra. Chiquinho Brazão havia pedido na Justiça para participar da reunião.
A defesa do deputado, no entanto, só poderá ser apresentada depois da escolha do relator, que deve ficar para a próxima reunião.
Indefinição
As regras preveem que, em processos de cassação, três integrantes do Conselho de Ética sejam sorteados. O presidente escolhe o relator a partir dessa lista tríplice.
Quatro deputados sorteados para comporem essa lista já desistiram: Ricardo Ayres (Republicanos-TO), Bruno Ganem (Podemos-SP), Gabriel Mota (Republicanos-RR) e Rosângela Reis (PL-MG).
Hoje o colegiado sorteou o nome de Jorge Solla (PT-BA) para completar a lista ao lado de Jack Rocha (PT-ES) e Joseildo Ramos (PT-BA).
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