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PF faz operação contra esquema internacional que teria vendido 43 mil armas e munições a facções criminosas

Esquema internacional teria movimentado R$ 1,2 bilhão

05/12/2023 às 08h16
Por: Redação
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Apreensão feita pela Polícia Federal na Operação DAKOVO (Foto: Divulgação/PF)
Apreensão feita pela Polícia Federal na Operação DAKOVO (Foto: Divulgação/PF)

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (5) a operação Dakovo, com o objetivo de desarticular um grupo internacional suspeito de fornecer 43 mil armas para as principais facções criminosas do Brasil, incluindo o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho. O esquema internacional de tráfico de armas, segundo a PF, teria movimentado cerca de R$ 1,2 bilhão em três anos.

Os agentes estão cumprindo cinco mandados de prisões preventivas, seis ordens de prisão temporária e 54 mandados de busca e apreensão em três países, Brasil, Paraguai e Estados Unidos. No Brasil, os mandados foram cumpridos no Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Sorocaba (SP), Praia Grande (SP), São Bernardo do Campo (SP), Ponta Grossa (PR), Foz do Iguaçu (PR), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG). Segundo o G1, o principal alvo da operação, Diego Hernan Dirísio, considerado o maior contrabandista de armas da América do Sul, permanece foragido.

A operação foi realizada pela PFl no Estado da Bahia, em parceria com Ministério Público Federal (MPF) e cooperação internacional com a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD/PY) e o Ministério Público do Paraguai. A ação contou ainda com a FICTA (Força-Tarefa Internacional de Combate ao Tráfico de Armas e Munições), que é composta pela HSI (Homeland Security Investigations) e SENASP (Secretaria Nacional de Segurança Pública), sob Supervisão do Serviço de Repressão ao Tráfico de Armas da PF. A investigação teve início em 2020, quando a Polícia Federal apreendeu pistolas e munições no interior da Bahia.

“Três anos mais tarde, a cooperação internacional que resultou na operação desta terça indica que um homem argentino, dono de uma empresa chamada IAS, com sede no Paraguai, comprava pistolas, fuzis, rifles, metralhadoras e munições de fabricantes de países como Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia.Além disso, as investigações apontam para corrupção e tráfico de influência na Direccion de Material Belico (DIMABEL), órgão paraguaio encarregado de controlar, fiscalizar e autorizar o uso de armas, facilitando o funcionamento do esquema criminoso”, ressalta a reportagem. 

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