Cresce a ansiedade do pecuarista brasileiro pelo lançamento da nova cultivar híbrida de braquiária tolerante à seca conhecida como Camelo. O capim foi o tema principal de inúmeras perguntas enviadas à produção do Giro do Boi recentemente. Para atender todas as mensagens, o programa consultor um especialista que está de olho no processo de aprovação da variedade para o Brasil, o engenheiro agrônomo Wagner Pires, pós-graduado em pastagens pela Esalq-USP e consultor do Circuito da Pecuária.
“Ô vontade que o pessoal está de plantar um capim que tolera realmente a seca”, exclamou Pires. “Esse capim ainda está em fase de registro. […] Conforme foi perguntado, ele não foi desenvolvido pela Embrapa. Esse material foi desenvolvido por um órgão internacional que fica na Colômbia, e conta com escritórios em diversas regiões tropicais do mundo, que é o Ciat, o Centro Internacional de Agricultura Tropical”, explicou.
Conforme esclareceu o agrônomo, ainda não é possível especificar uma data para a chegada do híbrido de braquiária ao Brasil. “Tem uma empresa que está trazendo esse produto aqui para o Brasil, mas ele ainda está em fase de registro. O Brasil é muito sério e muito rígido nessa parte de registro porque eles temem muito a liberação da entrada de plantas que, eventualmente, possam se tornar invasoras e prejudiciais ao nosso país. Ele está sendo testado aqui para o Brasil e acreditamos que ainda esse ano deverá sair o registro dele”, projetou.
O especialista elencou as qualidades da braquiária Camelo. “Uma das características dessa braquiária é que ela tem uma tolerância muito boa à seca, em torno de 500 mm de chuva ao ano. Ela rebrota muito bem, ela tem um sistema radicular bastante profundo e ela será, com certeza, uma alternativa para o pecuarista plantar, principalmente do Nordeste ou Tocantins.
O consultor tratou de acalmar os ânimos e tranquilizar o pecuarista brasileiro que espera a chegada da cultivar ao País. “Quando sair, eu me comprometo com vocês que vou arrumar um pé dessa braquiária Camelo e vou levar aí no programa para mostrar para o pessoal. Tenham calma. E outra coisa: quando sair, a disponibilidade de semente não é grande, então vai ter pouca semente. Então o que você deve fazer? Adquirir um pouco, fazer um teste na sua propriedade, experimentar, avaliar o material e aí você vai poder aumentar a área de plantio”, recomendou.
Se você tiver dúvidas a respeito de manejo de pastagens, envie sua pergunta para o especialista no WhatsApp do Giro do Boi, pelo número (11) 9 5637 6922 ou ainda pelo e-mail: girodoboi@canalrural.com.br
Post: Mario Freire
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