
Um empresário apontado como líder de um grupo criminoso foi preso em Feira de Santana durante a Operação Fogo Cruzado, deflagrada na manhã desta terça-feira (2) pela Força-Tarefa de Combate à Sonegação Fiscal na Bahia segundo o A Tarde. A ação investiga um esquema que teria provocado mais de R$ 14 milhões em prejuízo aos cofres estaduais, envolvendo empresários do setor de comércio varejista de armas e munições.
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Salvador, Feira de Santana, Irecê, Jussara e Coração de Maria. De acordo com a Polícia Civil, o grupo deixava de recolher o ICMS declarado dentro do prazo legal de forma contínua e utilizava diversas manobras para sonegar o tributo, incluindo sucessão empresarial fraudulenta e interposição fictícia de sócios e administradores.
As investigações conduzidas pela Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa (Infip), pelo Ministério Público da Bahia e pela Polícia Civil identificaram a criação de empresas vinculadas entre si por meio de “laranjas”, com o objetivo de ocultar o verdadeiro proprietário e postergar indefinidamente o pagamento do imposto devido.
Além da sonegação, a Força-Tarefa apura indícios de associação criminosa e lavagem de dinheiro oriundo da atividade ilícita, especialmente por meio do comércio de joias, utilizado como mecanismo para movimentar e ocultar valores.
A operação contou com a participação de sete promotores de Justiça, 14 delegados de Polícia, 56 policiais do Necot/Draco, seis servidores do Fisco Estadual, oito servidores do Ministério Público e sete policiais da Companhia Independente de Polícia Fazendária (Cipfaz).
A Força-Tarefa é composta pelo Grupo Especial de Combate à Sonegação Fiscal (Gaesf) do MPBA, pela Inspetoria Fazendária de Inteligência e Pesquisa (Infip) da Sefaz-BA e pelo Núcleo Especializado no Combate aos Crimes Econômicos e contra a Ordem Tributária (Necot/Draco) da Polícia Civil da Bahia.
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