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China suspende compras de soja dos EUA e amplia mercado com Brasil e Argentina

Pequim reduz dependência dos produtores americanos e fortalece comércio agrícola com países da América do Sul

07/10/2025 às 07h08
Por: Redação
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Soja (Foto: REUTERS/Jorge Adorno)
Soja (Foto: REUTERS/Jorge Adorno)

 A China interrompeu temporariamente a compra de soja dos Estados Unidos, movimento que tem fortalecido a posição do Brasil e da Argentina no comércio global do grão. Mesmo com os agricultores americanos oferecendo safras a preços competitivos, Pequim vem, nos últimos anos, reduzindo sua dependência dos produtores dos EUA e ampliando as importações de países sul-americanos.

De acordo com Jamil Chade, do UOL, o Brasil já exportou mais de 77 milhões de toneladas de soja para a China em 2025, consolidando-se como o principal fornecedor do produto para o gigante asiático. Agricultores americanos reconhecem que “a América do Sul interveio para dominar o mercado e deslocar os agricultores americanos”, segundo declaração da American Farm Bureau Federation.

A Argentina também tenta se beneficiar da reconfiguração global das rotas comerciais. Em setembro, o governo argentino chegou a suspender brevemente o imposto de exportação da soja, medida que estimulou as vendas externas até que o limite de arrecadação de US$ 7 bilhões fosse atingido. Dias depois, o tributo foi restabelecido.

Nos Estados Unidos, o cenário é de crescente pressão política. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, anunciou que o governo do presidente Donald Trump prepara um “apoio substancial aos nossos agricultores, especialmente aos produtores de soja”, em resposta à queda nas exportações. O plano, segundo ele, deve ser formalmente apresentado nesta terça-feira (7).

Em meio ao descontentamento no campo, o presidente americano tentou acalmar os produtores afetados. “Os produtores de soja do nosso país estão sendo prejudicados porque a China, por razões de ‘negociação’ apenas, não está comprando”, escreveu Trump em sua rede social, Truth Social. Ele acrescentou: “Ganhamos tanto dinheiro com tarifas que vamos pegar uma pequena parte desse dinheiro e ajudar os nossos agricultores”.

Essa não é a primeira vez que a Casa Branca destina recursos públicos para compensar perdas no setor agrícola. Durante a primeira guerra comercial com a China, em 2019, Trump já havia concedido mais de US$ 22 bilhões em pagamentos de auxílio aos produtores rurais, sobretudo os de soja — principal produto agrícola americano exportado para o mercado chinês.

Com a suspensão das compras e a ampliação das vendas do Brasil, o equilíbrio do comércio global de grãos parece estar se consolidando em torno da América do Sul, que se posiciona, cada vez mais, como o principal fornecedor da oleaginosa à China.

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