Às margens da Baía de São Marcos, em São Luís, o Porto do Itaqui confirma sua posição como um dos motores do desenvolvimento do Maranhão e do Brasil. Em julho, o terminal público alcançou o melhor resultado de sua história, com 3,76 milhões de toneladas movimentadas e 112 navios atracados. No acumulado do ano, já são mais de 21 milhões de toneladas, reforçando o papel estratégico do porto como porta de entrada de fertilizantes e de saída de grãos para o mercado internacional.
Um dos fatores que explicam o desempenho é a intensificação das operações Ship-to-Ship (StS). Somente em julho, foram 415 mil toneladas movimentadas nesse modelo, o dobro do previsto para o mês e também do volume registrado em julho de 2024. Ao todo, 11 navios foram atendidos a contrabordo, o que corresponde a um terço das operações StS realizadas em 2025 e a 65% do total de todo o ano passado.
“O desempenho do Porto do Itaqui demonstra a força da infraestrutura portuária brasileira e o papel estratégico do Maranhão e do Nordeste na integração logística nacional e internacional, reforçando a importância de ampliar investimentos para garantir competitividade e geração de empregos”, afirmou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
A presidente em exercício do Porto do Itaqui, Isa Mary Mendonça, destacou que os resultados refletem a estratégia de expansão. “Os números confirmam o impacto positivo dos investimentos do Itaqui em capacidade operacional, melhoria contínua dos processos e fortalecimento da infraestrutura para atender à crescente demanda logística no Maranhão e no Brasil.”
Resultados positivos
De janeiro a julho, o Itaqui movimentou 21,042 milhões de toneladas, com crescimento em todos os segmentos: granéis sólidos (+8%), granéis líquidos (+11%) e carga geral (+3%). Entre os produtos com maior avanço estão: soja (+7%), fertilizantes (+25%), cobre (+12%), derivados de petróleo (+6%), transbordo de derivados de petróleo (+19%), sebo bovino (+34%), celulose (+2%) e trilhos (+69%).
A soja segue como principal produto exportado, escoada principalmente de estados do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), além de Goiás, Mato Grosso e Pará. A celulose também ganhou espaço, cerca de 1,6 milhão de toneladas produzidas em Imperatriz (MA) foram enviadas para mercados como Estados Unidos e Espanha.
Nas importações, fertilizantes vindos da Rússia, China, Canadá e Omã reforçam a base do agronegócio brasileiro. O porto também recebe derivados de petróleo de países como Estados Unidos, Índia e Emirados Árabes. Do lado das exportações, a China continua como principal destino da soja, enquanto os Estados Unidos importam celulose, ferro-gusa e sebo. Outros mercados relevantes são Espanha, Egito, Alemanha, Turquia, Paquistão e Vietnã.
A movimentação de celulose superou em 13% o planejado e cresceu 46% em relação a julho de 2024. O resultado evidencia a capacidade do Itaqui de atender não apenas ao agronegócio, mas também à indústria de maior valor agregado, consolidando-se como hub logístico do Arco Norte.
Com localização estratégica, conexão ferroviária pelas malhas Norte-Sul e Carajás, ampla capacidade de armazenagem e investimentos permanentes em eficiência, o Itaqui deve seguir em trajetória de crescimento sustentável.
Assessoria Especial de Comunicação Social
Ministério de Portos e Aeroportos
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