Na Bahia, 27 mulheres são vítimas de violência doméstica por dia, segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). Com o objetivo de ampliar a proteção dessas vítimas, a estudante de Engenharia da Computação Priscila Araújo, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), desenvolveu o aplicativo Viva, que permite o compartilhamento imediato da localização das mulheres acompanhadas pela Ronda Maria da Penha de Juazeiro diretamente com a Polícia Militar.
Sob a orientação do professor Jadsonlee da Silva, Priscila iniciou o projeto após receber sugestões dos próprios policiais que atuam na proteção dessas mulheres. “A motivação veio da solicitação da Ronda Maria da Penha de Juazeiro, que buscava uma solução ágil e discreta para que as mulheres assistidas pudessem pedir socorro em momentos de emergência”, afirmou Priscila.
O aplicativo funciona de maneira simples e eficaz. As mulheres podem pedir ajuda mesmo sem internet ou crédito no celular. Quando acionado, o Viva envia a localização por WhatsApp, SMS ou realiza uma ligação automática para o 190. O app também conta com gatilhos de emergência, como três toques no botão liga/desliga, agitação do aparelho ou toque em um botão na tela inicial.
O professor Jadsonlee Silva destaca que a iniciativa une teoria e prática no ambiente acadêmico, reforçando o impacto social que a universidade pode gerar. “Estamos colocando em prática as tecnologias aprendidas em sala de aula para resolver problemas reais da sociedade. Esse é um dever da universidade: contribuir com o ensino, a pesquisa e a extensão”, pontuou o orientador.
Atualmente, o Viva está em fase de testes em parceria com a Ronda Maria da Penha de Juazeiro, e o lançamento oficial está previsto para o segundo semestre de 2025. Priscila ressalta que o objetivo é expandir o aplicativo para outras cidades baianas e futuramente para todo o Brasil. “O Viva não apenas salva vidas, mas devolve a essas mulheres uma sensação de amparo e autonomia”, afirmou.
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