O ex-presidente Jair Bolsonaro, indiciado pela Polícia Federal por suspeita de planejar um golpe de Estado, afirmou estar sendo alvo de uma perseguição política. Em entrevista ao UOL nesta terça-feira (26), Bolsonaro comentou sobre o indiciamento e não descartou a possibilidade de buscar refúgio em uma embaixada, caso se sinta ameaçado. "Embaixada, pelo que vejo na história do mundo, quem se vê perseguido, pode ir para lá", disse o ex-mandatário, acrescentando que, caso devesse algo, não teria retornado ao Brasil após sua estadia nos Estados Unidos.
Vale lembrar que Jair Bolsonaro permaneceu por dois dias na embaixada da Hungria em fevereiro deste ano, imediatamente após tornar-se alvo de uma operação da PF.
Durante a conversa, Bolsonaro reconheceu ter discutido "artigos da Constituição" com os comandantes das Forças Armadas após sua derrota nas eleições de 2022. O objetivo, segundo ele, era "voltar a discutir o processo eleitoral", mas o ex-presidente garante que a ideia foi "abandonada" rapidamente.
Ele também negou ter ciência de qualquer plano que envolvesse a prisão ou a morte de lideranças como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Saiba mais - O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou, nesta terça-feira (26), o envio à PGR (Procuradoria-Geral da República) do relatório que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado.
Na mesma decisão, ele levantou o sigilo dos autos e determinou que fosse dado acesso às defesas ao relatório final e outros documentos da investigação.
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