Quatro oficiais do Exército e um policial federal foram presos na última terça-feira (19) durante uma operação da Polícia Federal (PF), sob a acusação de conspirarem para realizar um golpe de Estado. O plano incluía os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, os acusados “realmente chegaram muito perto” de concretizar um golpe de Estado. Em pronunciamento realizado na terça-feira, o ministro relatou que os investigados estiveram nas proximidades da residência de Moraes.
“Bom, realmente chegaram muito perto. Eu acabo de ler as duzentas e poucas páginas da representação da Polícia Federal. Em vários momentos chegaram muito próximo, rondaram o apartamento funcional do ministro Alexandre de Moraes, e certamente não tiveram oportunidade de praticar esse pavoroso, desígnio, enfim, criminoso que eles estavam urdindo. Os acusados chegaram muito próximo de materializarem seus intentos criminosos”, declarou.
O ministro também enfatizou que o fracasso da conspiração se deu pelo fato de que a ampla maioria dos membros das Forças Armadas não apoiou o movimento golpista.
“Felizmente, a grande maioria, eu diria, as Forças Armadas como um todo, não participaram dessa trama. E esse é um dos fatores pelos quais essa trama não logrou êxito. Foi uma ação isolada, mas grave, e pessoas que estavam em postos de comando da República, em nível, inclusive, ministerial, se suspeita. Isso ainda vai ser apurado com muito detalhe, mas essa é uma das fases de um inquérito que vem se progredindo, vem se desenvolvendo há muito tempo”, ressaltou.
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