Duas situações absolutamente chocantes atingiram a nossa comunidade. De um lado a renúncia ao mandato pelo deputado federal Jean Wyllys por conta das ameaças constantes à sua vida, que o obrigavam a andar acompanhado por escolta e, agora, a sair do país. Do outro lado, a denúncia de crime de racismo sofrido pelo artista plástico, bacharel em Artes Visuais pela UFRB e mestrando em Artes Visuais pela UFBA, Adriano Machado.
Em dezembro de 2018, a Administração Pública Municipal, através da SECET, com apoio do Fundo Municipal de Cultura e do Conselho Municipal de Cultura abriu a Exposição Comemorativa dos 40 anos do Movimento Cultural de Alagoinhas, na Praça Conselheiro Rui Barbosa. No dia seguinte (18), no saguão da Biblioteca Maria Feijó, foi aberta a exposição do artista Lithus. E para lá Adriano se dirigiu, com o intuito de prestigiar o amigo. Para sua surpresa foi barrado na entrada por uma servidora da secretaria que o interpelou, sem mais nem menos, perguntando se tinha convite. Ele estranhou a pergunta, vez que eventos públicos prescindem dessa formalidade. Ao contestar, a pessoa reiterou a exigência e informou que "tem os que se dizem artistas e amigos do expositor mas entram para dormir na biblioteca." Como Adriano não aceitou a recusa ao acesso, foi admitido com a recomendação "de que fosse olhar as obras e voltasse." No recinto, perguntou a algumas pessoas presentes se lhes fora exigida a apresentação de convite e todos negaram.
Seu primeiro impulso foi o de chamar a policia e denunciar o crime de racismo, mas se conteve em atenção ao artista e à preocupação em expor a própria funcionária.
No dia seguinte, dirigiu-se à Ouvidoria do Município e conversou diretamente com o Ouvidor, que lhe garantiu solução para o caso em dez dias. Esperou trinta. Como nada aconteceu, dirigiu-se à SEPROMI , à Ouvidoria do Governo do Estado e ao Ministério Público. Ao tomar conhecimento de um evento da Ouvidoria, apresentando-se como um setor competente, ficou indignado e resolveu publicizar o assunto.
Adriano foi taxativo ao dizer que a sua preocupação é que a Prefeitura mantenha pessoas tão despreparadas exercendo funções de confiança, em contato com o público, provocando constrangimentos como o que lhe causado. Segundo ele, se a Ouvidoria tivesse cumprido seu papel, tudo ocorreria internamente. Como nenhum atenção foi dada ao caso, resolveu externar o assunto com o objetivo alertar ao governo
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