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Sinjorba pede que Reitoria da UESB investigue assédio moral

Sinjorba pede que Reitoria da UESB investigue assédio moral

02/03/2023 às 08h05 Atualizada em 02/03/2023 às 11h05
Por: Redação
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Foto: Reprodução
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Sindicato pede providências para caso de assédio moral na ASCOM, TV e Rádio UESB

Um documento junto à Reitoria da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) foi protocolado, nesta quarta-feira, 1, pelo Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba), o qual solicita providências quanto a denúncias de assédio moral contra profissionais que prestam serviços ao Sistema UESB de Rádio e TV Educativas (SURTE) e à assessoria de comunicação da instituição. A carta foi endereçada ao Reitor Luiz Otávio de Magalhães.

O Sinjorba resume, nos documentos, relatos de jornalistas que acusam a direção do SURTE e da assessoria de perseguição, alienação profissional, descredibilização, intimidação, isolamento nos grupos de trabalho, intransigência com a divergência de opinião e/ou método de trabalho, além de transferências unilaterais de profissionais para outros setores da universidade. De acordo com o sindicato, o fato tem levado servidores à enfermidades, alguns atualmente sob atendimento psicológico e psiquiátrico.

Quatro jornalistas teriam sido vítimas de medidas que mostram perseguição. Dois profissionais foram transferidos de setor, de forma unilateral, pela direção do SURTE, uma outra se afastou com diagnóstico médico de “sofrimento psicológico por causa do trabalho” e outra, contratada por intermédio de empresa terceirizada, foi dispensada intempestivamente no dia 24 de fevereiro passado, sem qualquer justificativa concreta. Os relatos vão constar de uma denúncia que o Sindicato dos Jornalistas vai fazer ao Ministério Público do Trabalho (MPT), com solicitação de abertura de procedimento de investigação contra os órgãos citados.

O Sinjorba relata no documento enviado à Reitoria que há um fato gravíssimo no caso que envolve a demissão da funcionária contratada sobre regime terceirizado. Outra jornalista, que ingressou por processo seletivo, foi transferida também de forma unilateral no mesmo dia 24 de fevereiro. As duas suspeitam que conversas entre elas sobre o ambiente do trabalho, em um aplicativo de mensagem, foram violadas e enviadas ao conhecimento da direção, o que teria provocado a demissão e a transferência. A jornalista entrou com queixa-crime na polícia civil nesta quarta-feira, 1, para que seja investigada a violação.

O presidente do Sinjorba, Moacy Neves, disse que os fatos são graves e precisam de uma resposta efetiva e urgente da Reitoria.

“Desde o ano passado, temos recebido queixas de colegas sobre a situação na TV e Rádio UESB, mas o medo dos envolvidos de se exporem impediu que a entidade tomasse providências concretas”, informa.

O sindicalista diz que o quadro mudou, já que os profissionais decidiram falar e vão estar à disposição como testemunhas e, de acordo com a gravidade do que ocorreu nos últimos dias exige um posicionamento do Sindicato.

“Inicialmente, pensamos até em procurar a direção da SURTE e da assessoria, mas, como as acusações de assédio são contra os próprios dirigentes, a entidade, preferiu ir diretamente à Reitoria e ao MPT em busca de uma ação externa mais efetiva”, finalizou.

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