Sexta, 14 de Março de 2025
20°C 30°C
Alagoinhas, BA
Publicidade

Flamengo dá um "passeio" completo na Libertadores com talentos quase imbatível

Flamengo dá um "passeio" completo na Libertadores com talentos quase imbatível

28/04/2021 às 09h44 Atualizada em 28/04/2021 às 12h44
Por: Redação
Compartilhe:
Pedro conduz a bola até o gol Foto: ANTONIO LACERDA / AFP
Pedro conduz a bola até o gol Foto: ANTONIO LACERDA / AFP

Na América do Sul, o Flamengo é imbatível há dois anos quando alia seu jogo tático coletivo ao desempenho técnico e físico individual de pelo menos alguns dos seus principais jogadores. Se apenas a primeira parte funciona, por ser mais automatizada, a equipe se torna previsível. Embora a insistência costume levar às vitórias, por vezes esconde o que faltou.

Na vitória de 4 a 1 sobre o frágil Unión La Calera, no Maracanã, pela segunda rodada da fase de grupos da Libertadores, o time teve mais uma vez o brilho de Gabigol, que marcou duas vezes, Arrascaeta, pelo quinto jogo com gol quando titular, além de uma assistência, e Pedro, que entrou no fim para fazer um gol de placa. Mas, houve falha do sistema defensivo novamente, o que liga o alerta para jogos mais pesados.

O setor ofensivo demorou a engrenar, depois acelerou, freou, e no fim atropelou. Já a zaga, que não passou apuros a maior parte do tempo, quando exigida comprometeu. Com o resultado, o Flamengo chegou a seis pontos e é líder isolado do grupo G. Com 14 gols na competição pelo clube, Gabigol está a dois de Zico, que fez 16 em toda a história.

Apesar do breve susto, o torcedor tem movito para comemorar. Rogério Ceni mandou a campo uma equipe em um esquema posicional, para abrir bem o campo. O Flamengo tocava bem a bola, como normalmente faz, mas não conseguia quebrar a última linha. Ou por falta de movimentação. Ou por que os meias demoraram um pouco a entrar no jogo.

Aos 31 minutos, a jogada do primeiro gol acaba por ser educativa. Arrascaeta e Gerson criam pelo lado esquerdo da área, e o uruguaio serve Gabigol com um passe de primeira. Técnica, velocidade e bom posicionamento aliados.

Em 35 minutos, o Flamengo praticamente resolveu o jogo contra os estreantes do Chile. Provava àquela altura que a ansiedade do começo da partida não se justificava. Bastava encaixar. O segundo gol veio em contra-ataque puxado por Bruno Henrique, que tocou para Arrascaeta, e o meia bateu no cantinho. Detalhe, a bola foi roubada na defesa por Éverton Ribeiro, que não apareceu tanto quebrando as linhas, mas taticamente esteve obediente como de costume.

Cochilo coletivo

Sem ser ameaçado, o Flamengo tentou ampliar o placar para até poupar jogadores de olho nos jogos mais complicados, contra La Calera e LDU, fora de casa. Mas ainda no fim do primeiro tempo diminuiu o ritmo, abusou do toquinho. Na etapa final, o La Calera mudou sua postura, colocou Valdívia em campo, e adiantou suas linhas. Mas o gol surgiu em uma jogada bastante conhecida desde 2019.

Em cima do novato Bruno Viana, que recebera chance de titular ao lado de Arão, os chilenos lançaram a bola longa, aproveitaram-se da linha de impedimento e Sáez diminuiu, ao tocar na saída de Diego Alves. E o Flamengo que tinha mais posse de bola, controlava o jogo, sentiu ao ser atacado. Por pouco, não sofreu o empate, em uma nova cochilada de Bruno Viana. O La Calera entendeu o recado e passou a marcar a saída de bola rubro-negra.

A esta altura o Flamengo já havia reclamado da não marcação de dois pênaltis, mas a verdade é que o comportamento da equipe, tatica e fisicamente, caiu muito. Sem a mesma intensidade e troca de passes, pareceu tentar administrar o resultado. E o que inicialmente indicava maturidade soava como soberba. Bastou o time adiantar suas linhas, pressionar um pouco a saída de bola, que os chilenos entregaram. Bruno Henrique interceptou um passe e tocou para Gabigol fazer o terceiro, aos 33 minutos.

Agora, sim, Ceni teria tranquilidade para rodar o elenco. Colocou primeiramente Vitinho, em seguida Pedro. A dupla protagonizou a jogada e o gol mais bonito da partida. O meia arrancou do lado direito, deu um drible da vaca no adversário, e lançou o centrovante. Aqui vale uma pausa. Pedro é o jogador que melhor aproveita o tempo em campo para marcar. Joga menos do que deveria; em 2021 quando começou a ter sequência se machucou. Mas sua técnica é impressionante. Ao receber a bola da ponta, domina, entra na área, e não toca para Gabigol, livre. Prefere carregar, driblar um zagueiro, e de frente com o goleiro, ainda tirar Arrascaeta com o braço, para ter espaço para o movimento perfeito. Um toque por cima, semelhante ao que Gabigol tentou no primeiro tempo e não conseguiu.

Antes de voltar à Libertadores, o Flamengo terá o primeiro jogo da semifinal do Estadual, sábado, contra o Volta Redonda. Um dos destaques da partida, Gabigol comemorou os resultados nos dois primeiros jogos, mas lembrou que ainda haverá dificuldades, como a altitude do Equador e o gramado sintético no Chile.

— Começar com pé direito é muito bom. Vencemos fora de casa, fazia tempo que o Flamengo não vencia na Argentina. Importante vencer em casa também, mas é só o começo. Temos altitude, campo sintético. Largar assim ajuda bastante — disse o camisa nove, sobre o começo de euforia.

Fonte: O Globo

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Alagoinhas, BA
20°
Tempo limpo

Mín. 20° Máx. 30°

21° Sensação
0.99km/h Vento
97% Umidade
99% (0.58mm) Chance de chuva
05h37 Nascer do sol
05h48 Pôr do sol
Sáb 35° 20°
Dom 37° 21°
Seg 35° 21°
Ter 35° 20°
Qua 31° 20°
Atualizado às 05h01
Economia
Dólar
R$ 5,80 -0,01%
Euro
R$ 6,29 +0,02%
Peso Argentino
R$ 0,01 +0,00%
Bitcoin
R$ 508,615,50 +2,65%
Ibovespa
125,637,11 pts 1.43%
Lenium - Criar site de notícias