Alunos do Ensino Fundamental de quatro escolas municipais de Alagoinhas — Dom Avelar (Boa União), Senhor do Bonfim (Buri), Mãe Ernestina (Catuzinho) e José Honorato (Miguel Velho) — participam, nos dias 28 e 29 de agosto, da ação Fast Heroes, iniciativa mundial que busca ensinar, de forma lúdica e divertida, como identificar os sinais de um acidente vascular cerebral (AVC) e agir rapidamente para salvar vidas.
O projeto, criado pela Universidade da Macedônia, na Grécia, a partir de um estudo pedagógico, é executado no Brasil desde 2019 por voluntários da farmacêutica Boehringer Ingelheim. Em Alagoinhas, o projeto é uma parceria das secretarias municipais de Educação e de Saúde, o Hospital Regional Dantas Bião e a Boehringer.
Durante a formação, as crianças se transformam em “super-heróis” e, por meio de brincadeiras, personagens e bonecos, aprendem a reconhecer os sintomas do AVC e a chamar socorro ligando para o Samu 192. A proposta é a de que os alunos levem esse conhecimento para dentro de casa, ajudando a orientar suas famílias e comunidades.
“O principal objetivo do projeto é salvar vidas, especialmente as das famílias dessas crianças que convivem diariamente com seus avós. O AVC é a doença que mais mata e mais incapacita no país e no mundo, e com esse trabalho conseguimos despertar a consciência de que agir rápido faz toda a diferença”, destacou Renata Miranda, gerente de Assuntos Médicos da Boehringer Ingelheim.
Segundo o secretário de Saúde, Antônio Virgínio Pereira, a iniciativa reforça a importância do diagnóstico precoce e do acesso imediato ao tratamento. “Essas crianças são sensibilizadas e treinadas para identificar os sintomas do AVC e pedir ajuda. Assim, o atendimento trombolítico pode ser oferecido mais cedo, aumentando a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes”, explica. Virgínio acrescenta que Alagoinhas está no pleito para se tornar a primeira Cidade Angel do Nordeste, título concedido pelo programa internacional Angels Initiative a municípios que se destacam na preparação e eficiência no atendimento a casos de AVC.
Já o diretor de Inclusão Educacional da Secretaria de Educação, Antônio Marcos de Carvalho, destaca o motivo da escolha das escolas para a primeira etapa do projeto. “As unidades selecionadas estão localizadas em comunidades quilombolas e na zona rural. Entendemos que, por estarem distantes da rede de atendimento de saúde em casos de AVC, começar por essas escolas seria mais apropriado”, afirma. Carvalho informa ainda que todas as escolas da rede municipal do 1º ao 5º ano receberão a formação, tanto com a equipe do Fast Heroes quanto com multiplicadores locais, garantindo a expansão da iniciativa em todo o município.