Bombardeios israelenses na Faixa de Gaza deixaram pelo menos 34 mortos nas últimas 24 horas, segundo informações divulgadas pelo canal Al Mayadeen. Os ataques atingiram várias áreas do território palestino, agravando ainda mais a situação de calamidade vivida por mais de dois milhões de civis que enfrentam escassez de alimentos, destruição de moradias e colapso dos serviços básicos.
Diante da tragédia em curso, o embaixador da Palestina na ONU, Riyad Mansour, fez um apelo contundente ao Conselho de Segurança. Em pronunciamento emocionado, ele acusou Israel de praticar crimes diários contra um povo exausto pelo cerco e pelo extermínio sistemático. “O povo palestino está sendo assassinado e passando fome diariamente”, denunciou. Segundo ele, 70% das vítimas são mulheres e crianças, o que reforça o caráter genocida da ofensiva militar israelense.
Mansour também clamou por uma ação internacional urgente. “O mundo está se acostumando a tais atrocidades”, alertou, afirmando que a maior ameaça é a crescente indiferença da comunidade internacional. Ele pediu que os países pressionem Israel pelo fim da ocupação, do colonialismo de assentamento e do deslocamento forçado, em consonância com pareceres do Tribunal Internacional de Justiça. “O que está acontecendo em Gaza não é guerra, é crueldade”, declarou, citando palavras do Papa Francisco.
A escalada de violência ocorre num contexto de bombardeios simultâneos por ar e terra. Civis continuam sendo os mais afetados, com bairros inteiros reduzidos a escombros, hospitais sobrecarregados e um sistema de saúde à beira do colapso.
O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, também manifestou extrema preocupação com a situação. Em nota oficial, ele afirmou que Israel está “impondo aos palestinos em Gaza condições de vida cada vez mais incompatíveis com sua existência como grupo”. Segundo Türk, os ataques e o bloqueio israelense estão levando os sistemas de suporte vital — saúde, água potável e abastecimento de alimentos — à beira do colapso total.
“É preciso haver esforços internacionais coordenados para impedir que essa catástrofe humanitária atinja um nível nunca visto antes”, enfatizou o chefe da ONU para direitos humanos.
Enquanto isso, o regime sionista israelense prossegue com sua ofensiva em ritmo acelerado, ignorando os apelos globais por cessar-fogo. A violência imposta à população de Gaza, submetida a um massacre implacável desde outubro de 2023, já ultrapassa todos os limites do direito internacional humanitário.