Bahia Política
Em meio à Operação Overclean, o Conselho do União Brasil pede ao MPF que investigue contas de instituto presidido por ACM Neto
Segundo assessores, contas do Instituto Índigo apresentam irregularidades e precisam passar por órgãos fiscais
17/02/2025 13h30 Atualizada há 2 meses
Por: Redação
Foto: CGU Operação Overclean

Após a Operação Overclean apontar integrantes da cúpula nacional do União Brasil investigados por fraude licitatória e desvio de dinheiro público, outro caso envolvendo o partido veio à tona na quinta-feira (23). As contas do Instituto Índigo, comandado pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto, entraram na mira de dois integrantes do Conselho Fiscal do partido após uma reunião e devem ser encaminhadas ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Tribunal de Contas da União (TCU).

O Conselho Fiscal em questão é formado por dois deputados federais, Elmar Nascimento e Pauderney Avelino, e por dois assessores, Ricardo Motta Lobo e Rodrigo Gomes Furtado. De acordo com informações do jornal O Globo, os assessores indicaram a necessidade de não aprovação das contas do instituto.

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Elmar, presidente do conselho, decidiu levar as contas para aprovação do Conselho Curador, uma instância superior dentro do partido. No entanto, os assessores Ricardo Motta e Rodrigo Gomes afirmaram que a medida desrespeita o estatuto e pediram que os órgãos competentes fiscalizem as ações: “Ante ao exposto, mantém-se a desaprovação das referidas contas nos termos previstos no regramento estatutário, informando que o respectivo requerimento está sendo encaminhado ao Ministério Público Federal e ao Tribunal de Contas da União para conhecimento, apuração e indiciamento dos respectivos responsáveis, objetivando a preservação do erário público”, pontuou o texto redigido pelos assessores.

Texto esse que, além de reafirmar a posição dos membros contrários à aprovação, destaca a seriedade das alegações, que podem ter implicações para a gestão do Instituto Índigo e para a reputação do União Brasil.

ACM Neto assumiu a presidência do Instituto Índigo por um período de três anos em maio de 2023.