Bahia Segurança
Aplicativo desenvolvido por estudante baiana reforça segurança de mulheres vítimas de violência
Desenvolvido em parceria com a Ronda Maria da Penha, o app está em fase de testes e deve ser lançado em 2025
06/01/2025 08h19 Atualizada há 2 meses
Por: Redação
Foto: Eduardo Lima | ASCOM do CPRN

Na Bahia, 27 mulheres são vítimas de violência doméstica por dia, segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). Com o objetivo de ampliar a proteção dessas vítimas, a estudante de Engenharia da Computação Priscila Araújo, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), desenvolveu o aplicativo Viva, que permite o compartilhamento imediato da localização das mulheres acompanhadas pela Ronda Maria da Penha de Juazeiro diretamente com a Polícia Militar.

Sob a orientação do professor Jadsonlee da Silva, Priscila iniciou o projeto após receber sugestões dos próprios policiais que atuam na proteção dessas mulheres. “A motivação veio da solicitação da Ronda Maria da Penha de Juazeiro, que buscava uma solução ágil e discreta para que as mulheres assistidas pudessem pedir socorro em momentos de emergência”, afirmou Priscila.

O aplicativo funciona de maneira simples e eficaz. As mulheres podem pedir ajuda mesmo sem internet ou crédito no celular. Quando acionado, o Viva envia a localização por WhatsApp, SMS ou realiza uma ligação automática para o 190. O app também conta com gatilhos de emergência, como três toques no botão liga/desliga, agitação do aparelho ou toque em um botão na tela inicial.

O professor Jadsonlee Silva destaca que a iniciativa une teoria e prática no ambiente acadêmico, reforçando o impacto social que a universidade pode gerar. “Estamos colocando em prática as tecnologias aprendidas em sala de aula para resolver problemas reais da sociedade. Esse é um dever da universidade: contribuir com o ensino, a pesquisa e a extensão”, pontuou o orientador.

Atualmente, o Viva está em fase de testes em parceria com a Ronda Maria da Penha de Juazeiro, e o lançamento oficial está previsto para o segundo semestre de 2025. Priscila ressalta que o objetivo é expandir o aplicativo para outras cidades baianas e futuramente para todo o Brasil. “O Viva não apenas salva vidas, mas devolve a essas mulheres uma sensação de amparo e autonomia”, afirmou.