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Zequinha repudia decisão do Carrefour contra carne do Mercosul
Em pronunciamento no Plenário na terça-feira (26), o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) manifestou repúdio à decisão do Grupo Carrefour de suspe...
27/11/2024 18h20
Por: Redação Fonte: Agência Senado

Em pronunciamento no Plenário na terça-feira (26), o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) manifestou repúdio à decisão do Grupo Carrefour de suspender a compra de carnes do Mercosul. O grupo francês justificou a medida como parte de um compromisso ambiental, mas o parlamentar classificou a ação como uma estratégia protecionista.

Zequinha apresentou aNota de Repúdio do Agronegócio do Brasil, assinada por entidades como a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A nota critica a postura do Carrefour, e alega que a decisão compromete a credibilidade de toda a produção agropecuária do Mercosul.

— A nota encerra com aquela que, em meu entendimento, seria a única medida a ser tomada no atual momento: se o Mercosul não é fornecedor à altura do mercado francês, que não é diferente do mercado espanhol, não é diferente do mercado belga, não é diferente do mercado árabe, não é diferente do mercado turco, do mercado italiano e assim vai.As entidades assinadas consideram que, se não serve para abastecer o Carrefour no mercado francês, não serve para abastecer o Carrefour em nenhum outro país do mundo — disse.

Lei da Reciprocidade Ambiental

O senador também defendeu a aprovação do PL 2.088/2023 , de sua autoria, que estabelece a chamada Lei da Reciprocidade Ambiental. A proposta, em tramitação na Comissão de Meio Ambiente (CMA) e prevista, segundo ele, para discussão no dia 4 de dezembro, torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que disponibilizam bens e produtos ao mercado brasileiro.

— É urgente a implementação dessa lei. A partir dela, vamos cobrar dos franceses, por exemplo, o compromisso com a preservação do meio ambiente. Não dá para deixá-los somente nessa condição de apontar o dedo. Precisamos cobrar deles medidas práticas, como a criação de uma reserva legal aos moldes do que temos aqui no Brasil: uma reserva que tome de 20% a 80% da área da propriedade privada e que garanta o compromisso com a preservação — afirmou.