O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) se reunirá nesta quinta-feira (19), no Rio de Janeiro, para avaliar o possível retorno do horário de verão no país. A medida, proposta como uma solução para reduzir o consumo de energia em meio à seca histórica que afeta os níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas, é defendida pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG).
A reunião extraordinária, marcada para as 13h30, contará com a apresentação de um estudo realizado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que analisará os potenciais ganhos energéticos decorrentes da adoção da medida. Segundo fontes do governo federal, o retorno do horário de verão é considerado "muito provável", mas a decisão final caberá ao presidente Lula (PT). Além de Silveira, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) também apoia a iniciativa, destacando que a ação pode aliviar a pressão sobre o setor energético.
O encontro reunirá representantes de entidades estratégicas do setor, como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O objetivo é discutir os impactos do horário de verão no consumo de energia, sobretudo nos horários de pico, quando o retorno das famílias às suas casas gera um aumento significativo na demanda.
O horário de verão foi extinto em 2019, mas o agravamento da crise hídrica e o aumento do consumo de energia reacenderam o debate sobre a eficácia da medida como estratégia de redução da demanda nos horários de maior consumo.