O Ministério da Gestão e Inovação (MGI) vai divulgar nesta terça-feira, 20, o gabarito oficial de todas as questões objetivas das 10 provas dos oito blocos temáticos do Concurso Nacional Unificado (CNU).
Os candidatos dos blocos de 1 a 7 responderam, ao todo, 70 questões de múltipla escolha. Já quem tentou uma vaga no Bloco 8, o único que exigia apenas nível intermediário, precisou responder a 50 perguntas objetivas.
Mas nem todas as questões têm o mesmo peso na nota final. O CNU usa como critério a Nota Final Ponderada (NFP). Dependendo do cargo para o qual o candidato se inscreveu, cada pergunta tem um peso diferente.
Os blocos de 1 a 7 foram divididos em eixos temáticos, com relevância maior a depender da vaga pretendida. Vale lembrar que os candidatos puderam se candidatar a mais de um cargo, elencando sua ordem de preferência.
Então, a nota final para a vaga prioritária não necessariamente será a mesma para os demais cargos listados. E o candidato poderá ficar na lista de espera para os três cargos para o qual se candidatou.
E, importante: nem todos os candidatos terão sua redação ou dissertação (pergunta discursiva) corrigidas. Segundo o MGI, só cerca de 10% das melhores provas irão para a correção desta fase. Entenda mais abaixo os critérios.
São 6.640 vagas distribuídas em 21 órgãos, em oito blocos temáticos. E, para cada cargo, há pesos diferentes para as provas. Assim, a nota final ponderada, ou NFP, tem uma regra específica de acordo com a vaga pretendida pelo candidato.
Em alguns casos, tanto para os cargos de nível médio como para os de nível superior, há prova de títulos, o que muda o peso dos testes de conhecimentos específicos e de conhecimentos gerais na nota final.
E, no caso das vagas que exigem nível superior (blocos de 1 a 7), há ainda os eixos temáticos dentro da prova de conhecimentos específicos. Num mesmo bloco, dependendo do cargo pretendido, cada eixo temático ganha uma ponderação diferente.
Entenda, abaixo, como vai funcionar.
Para os cargos de nível superior, a nota final ponderada (NFP) será a seguinte soma:
Nota da prova de conhecimentos gerais+ Nota da prova conhecimentos específicos + Nota da prova de discursiva + Nota da prova de títulos (quando houver).
As provas objetivas são as 20 questões de Conhecimentos Gerais do exame pela manhã e as 50 questões de Conhecimentos Específicos aplicadas no turno da tarde.
Em cada um dos 7 blocos do concurso, há cinco eixos temáticos com diferentes áreas de estudo que têm peso distinto, de acordo com o cargo, na prova de Conhecimentos Específicos.
Por exemplo, no Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Servidor, os cinco eixos temáticos são: 1) gestão governamental; 2) políticas públicas; 3) sociologia e psicologia; 4) segurança e saúde do trabalhador; e 5) direito do trabalho.
Para o cargo de auditor-fiscal do trabalho, lotado no Ministério do Trabalho, um dos com maior número de inscritos, as questões dos eixos 4 e 5 - ou seja, segurança e saúde do trabalhador e direito do trabalho - têm peso maior.
Neste mesmo bloco 4, para o cargo de analista técnico de políticas sociais, lotado no Ministério da Gestão, também muito procurado pelos candidatos, o eixo temático 1 (gestão governamental), tem peso muito maior.
Assim, a nota final da prova de conhecimentos específicos será feita a partir da soma dos acertos em cada eixo, multiplicada pelo peso deste eixo.
O candidato poderá consultar, em detalhes, o peso de cada eixo temático para a sua vaga pretendida no Anexo V de cada edital.
Para aprovação, o candidato precisa alcançar ao menos 40% dos pontos das provas objetivas - somando os acertos nas questões de conhecimento geral e os acertos, com o peso ponderado, nas questões específicas.
Além disso, não pode tirar zero na prova discursiva.
O Ministério da Gestão e Inovação (MGI) que as questões discursivas terão dois critérios para avaliação: o uso correto da Língua Portuguesa e os conhecimentos específicos exigidos pela indagação ou proposta de dissertação/redação.
E, importante: 50% da nota corresponde apenas à avaliação do português.
Dependendo se o cargo tem prova de títulos e do peso deste critério, a regra para nota final muda. A prova de títulos engloba cursos e qualificações, pós-graduações, mestrado, doutorado, etc.. E, também, tempo de trabalho, experiência prévia comprovada, na área de atuação da vaga pretendida. As exigências variam de acordo com o cargo.
E o peso das provas de títulos na nota final também varia.
Funciona assim:
Vagas que não têm prova de títulos
Prova de conhecimentos gerais: peso de 25%
Prova de conhecimentos específicos: peso de 55%
Prova discursiva: peso de 20%
Vagas com a prova de títulos valendo 5% do total
Prova de conhecimentos gerais: peso de 25%
Prova de conhecimentos específicos: peso de 50%
Prova discursiva: peso de 20%
Prova de títulos: 5%
Vagas com a prova de títulos valendo 10% do total
Prova de conhecimentos gerais: peso de 20%
Prova de conhecimentos específicos: peso de 50%
Prova discursiva: peso de 20%
Prova de títulos: 10%
Bloco 8 - Nível Intermediário
No bloco 8, que oferece 692 vagas para 8 cargos, a aprovação exige que o candidato obtenha no mínimo 30% do total de pontos das provas objetivas (ou acerte ao menos 18 das 60 questões), além de não tirar nota zero na redação.
No turno da manhã, os candidatos vão responder 15 questões objetivas, de múltipla escolha, sobre Língua Portuguesa. E terão que fazer uma Redação. No período da tarde, os candidatos responderão mais 45 questões objetivas sobre sobre Matemática, Noções de Direito e Realidade Brasileira. Terão de marcar as opções A, B, C, D ou E, sendo uma única resposta correta.
Neste bloco, a nota final ponderada (NFP) será a soma da pontuação nas provas objetivas e da nota da redação. Os pesos serão diferentes no caso dos cargos que oferecem prova de títulos - é considerado "título", por exemplo, experiência prévia em órgão público ou empresa privada da mesma área de atuação pretendida. Entenda o peso de cada prova:
Provas objetivas (as 15 questões da manhã e as 45 da tarde, lembrando que o candidato precisa acertar ao menos 18 das 60 perguntas): peso de 80%
Redação: peso de 20% (o candidato não pode tirar zero nesta prova)
Provas objetivas (as 15 questões da manhã e as 45 da tarde, lembrando que o candidato precisa acertar ao menos 18 das 60 perguntas): peso de 70%
Redação: peso de 20% (o candidato não pode tirar zero nesta prova)
Títulos: peso de 10%
O resultado das provas objetivas será decisivo. De acordo com acordo com Pedro Assumpção Alves, assessor do Gabinete da Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) do Ministério da Gestão e membro do Grupo Técnico Operacional do CNU só serão corrigidas redações e dissertações de candidatos classificados até nove vezes o número de vagas para cada cargo.
"O importante é que o candidato tenha uma noção se terá a redação e a dissertação corrigidas, porque esse é o primeiro corte. Vamos corrigir as provas discursivas dos candidatos classificados até nove vezes o número de vagas por cargo. A grosso modo, vamos corrigir cerca dos 10% melhores de cada bloco. E se o candidato já foi classificado para um cargo, ele não tira vagas de outro", diz Alves.